terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Por que colaboradores e não Recursos Humanos?


O modelo tradicional de administração praticado por muitas empresas, até bem pouco tempo adotava um estilo de administração com paradigmas voltados para o entendimento e a crença de que as pessoas eram um recurso dentre muitos existentes e necessários para a condução das atividades. Nele as pessoas ocupavam posições de trabalho e eram intituladas como recurso, mão-de-obra e outros.
Como podemos observar, tal concepção denota um tipo de cultura um tanto quanto ultrapassada onde velhos paradigmas e crenças equivocadas cuidam por direcionar as atitudes gerenciais. É bem verdade que, ainda encontramos, infelizmente, este tipo de equívoco na gestão de algumas empresas, onde práticas e atitudes estão voltadas para o “mandar” e “obedecer”, sem considerar o que o outro pensa, como apertar o botão de uma máquina para que a mesma venha funcionar e produzir o necessário, porém um parêntese: até a máquina precisa ser bem cuidada para funcionar de forma eficaz.
Hoje já existe um grande movimento que permeia o âmbito empresarial no sentido da busca de uma nova concepção nos estilos de gestão, onde o foco principal são as pessoas.
Reconhecemos que tal movimento felizmente nos leva para uma nova Era, aquela que vem trazendo uma mudança de mentalidade, de consciência, de crenças e valores, retratada quer seja na forma de pensar ou de agir nas organizações.
Esta nova era adota uma visão humanista, que valoriza, observa e prestigia ambientes de qualidade, boas relações e o bem-estar coletivo. Estamos falando da era da valorização e reconhecimento do potencial humano, a era dos que pensam, dos que sentem; do momento de perceber que as pessoas são dotadas de inteligência e potenciais que afloram ou que muitas vezes, necessitam ser incentivados para aflorar ou até mesmo serem resgatados; a era de se compreender que pessoas possuem necessidades, expectativas, ideais profissionais e pessoais e que precisam e devem ser cuidados e atendidos.
A mentalidade advinda desta nova era vem trazendo, também, relevante mudança que podemos perceber até mesmo na forma de como as pessoas são reconhecidas em algumas organizações: Nossos Colaboradores. Esta forma de reconhecimento deve objetivar, não uma troca de nome, de título ou até mesmo uma massagem no ego, mas sim de destacar cada dia mais a importância da colaboração de cada indivíduo para a melhoria da qualidade, na construção de organizações com bases de crenças e valores sólidos, em um ambiente participativo, motivador onde o ser humano seja o verdadeiro centro, e que realmente encontre-se e encontre espaço para suas realizações.
As empresas que vêm adotando tal estilo de gestão, na verdade estão buscando o acreditar no ser humano, em seu potencial, que trará o devido sucesso e a excelência esperada. Muitas delas já fazem parte do ranking das melhores destacando-se na gestão de pessoas e não, somente, de recursos.
Através da adoção dessas práticas que valorizam seus colaboradores e cuidam para sedimentar as mudanças que estão ocorrendo no campo das relações humanas, muitos executivos estão apostando nesta nova realidade de gestão, como sendo o verdadeiro diferencial competitivo.
Acreditamos serem essas mudanças o princípio de uma nova consciência de que somente com as pessoas é possível fazer mais, melhor e quando necessário, de forma diferente.
Tal condução podemos identificar retratadas nas excelentes performances de grandes empresas que atuam no mercado.
É necessário que as pessoas que fazem parte do dia-a-dia nas fábricas, nos escritórios e em todos os postos da organização, sejam percebidas e tratadas como colaboradores, parceiros, onde todos tenham a devida importância e acima de tudo, sejam respeitados e tratados como seres humanos, e não como um recurso dentre outros mais, seres únicos e que precisam ser bem cuidados e de uma forma muito especial.
Fonte:Cláudia Patrícia S. F. Guimarães – Consultora Empresarial em Gestão de Pessoas

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