terça-feira, 2 de março de 2010

Mídias sociais se tornam caminhos obrigatórios para as empresas?


Clientes e agências comprovam na prática a eficácia dos resultados de pesquisas. Desenvolver relacionamentos e usar informações dirigidas garantem a atenção do público e compensam no baixo custo
Uma pesquisa realizada pela Altimer Group e Wetpaint, comprovou que empresas que investem em mídias sociais apresentam melhores resultados e receitas. A pesquisa foi feita com as 100 empresas mais valiosas do mundo, apontadas pela Business Week. O investimento em mídias sociais representou um crescimento, em média, de 18% nos últimos 12 meses. Por outro lado, as empresas que investiram menos ou se mostraram pouco engajadas tiveram uma queda de 6%, em média, na receita no mesmo período. Quais os motivos para esses resultados?

Por causa da democracia e da possibilidade de atingir mercados mais que específicos, garante quem trabalha com isso. "Já saiu na frente quem percebeu que a Internet não é apenas mais um 'canal' de contato com o consumidor. É o lugar onde se constroem marcas", comenta Karina Sabbag, gestora de projetos da Agência WX, agência web de Curitiba. " Imagine fazer uma linda campanha que vai ao ar em rede nacional e não cuidar das críticas que o produto recebe nas redes sociais? Sempre digo, pra falar bem de alguma coisa é difícil. Agora, para jogar pedra, tem muitos na fila. As empresas tem que monitorar e ter uma maneira efetiva para atingir seu público com suas mensagens."

Quando você coloca sua marca e suas ideias nas mídias sociais, está falando diretamente com seu público-alvo. Pode vender os hits musicais dos anos 60 para a Carla; a primeira edição do Harry Potter para o Marcos, ou ainda, suas calças jeans customizadas para os grupos de rock que ensaiam nas garagens.Também pode trocar ideias sobre política, religião ou qualquer outro assunto, virando inclusive uma referência no tema.

"E em qual outro tipo de mídia você consegue esse nível de monitoramento, de objetividade e de resultados realmente garantidos?", pergunta Karina. "O que a gente espera daqui pra frente é que muito mais gente descubra esse poder. O poder de dissipar uma mensagem para milhões de espectadores que estão realmente interessados no que você está falando. O conteúdo produzido é imenso e é tudo muito rápido. Logo, se você não é - e permanece - desinteressante, vai perder audiência. Simples assim."

Um turista na rede social - Um bom exemplo de uso das redes sociais em prol de quem usa a web para buscar informações confiáveis, é o setor de turismo. "Pessoas interessadas em turismo procuram grupos, páginas e pessoas que falem exclusivamente sobre esse determinado assunto, e os assuntos podem ser comentados por visitantes", confirma Ana Carolina Bau, da MalaPronta.com. Nos EUA, 6 entre cada 10 turistas procuram informações na web, em sites como o Facebook e Twitter.

Por isso, a MalaPronta.com atua fortemente nas redes sociais, oferecendo informação e suporte aos usuários do seu site de reservas de hotéis e carros. "A cada semana, temos dezenas de novos seguidores de nossa página no Facebook, além do perfil no Twitter", afirma Ana. Para dinamizar os perfis, a MalaPronta.com divulga diariamente ao menos duas promoções e pacotes, "e cuidamos para que nossos visitantes estejam sempre satisfeitos com o conteúdo veiculado. Dicas de lugares para viajar e detalhes relacionados a turismo são postados frequentemente em nosso blog, fazendo com que as pessoas que se interessem pelo assunto possam sempre ter a MalaPronta.com como fonte de informação."

Segundo Francisco Millarch, diretor da MalaPronta.com, com o uso das mídias sociais é possível apresentar com maior facilidade o perfil da empresa aos visitantes. "Assim, podemos mostrar que mais do que o serviço de reservas online, nos preocupamos com a garantia de boas viagens. E por entendermos a importância e relevância das mídias sociais para a população, possuímos um setor de marketing voltado especificamente para isso", complementa.

Quem está plugado? - A gestora de projetos da Agência WX explica que existem dois tipos de "gente plugada": os geradores de conteúdo - onde entram os blogueiros, o pessoal do twitter, os fissurados por tecnologias - e o "público passivo", que não deixa de gerar conteúdos, mas que participam mais em sites de relacionamento, em comentários em blogs e pequenos tweets. O que todos procuram? Um lugar cheio de pessoas interessantes - e porque não dizer empresas, instituições, etc., etc. - com quem elas possam interagir e trocar ideias.

"É preciso apenas disciplina para alimentar as ferramentas. Se você quiser ser um gerador de conteúdo, precisa estar antenado nas tendências. Saber o que está rolando no momento para poder se comunicar com os outros. Na Internet, quem lança conteúdo primeiro é pop. Quanto às empresas, as pessoas só seguem quem gera conteúdo interessante. A internet é rápida demais e milhões de informações novas estão sendo geradas enquanto você lê este parágrafo. Se o que eu estou falando não te interessa, você apenas pula para o próximo texto. Mais rápido do que um piscar de olhos", complementa Karina. As redes sociais hoje movem o mundo. É perfeitamente viável construir uma empresa através deles.


Fonte:administradores.com.br

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