quinta-feira, 15 de abril de 2010

A indústria de tecidos apostou no Dia das Mães para alavancar sua produção


RIO - A indústria de tecidos apostou no Dia das Mães para alavancar sua produção, já que a data concentra 15% das vendas anuais. Depois da retração de 6,38% no ano passado, o setor espera crescer 6,5% em 2010. Segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), 80% dos presentes escolhidos para as mães são de uso pessoal e, deste total, cerca de 60% têm vínculo com vestuário. Outros setores beneficiados pela comemoração são o de calçados, joias e perfumaria. O presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizaro Júnior, estima que as compras este ano aumentem em torno de 8%, e o tíquete médio, 4%.

– O que devem impulsionar as vendas são o aumento da oferta de crédito e a baixa taxa de juros atual (de um dígito, em 8,75% ao ano) além do aumento no nível de emprego, o que deixa o brasileiro mais confiante para gastar – avalia.

Para Pellizaro Júnior, o ramo de calçados deve ter o maior volume total de vendas este ano, com alta de 5%. Mas ele prevê que o maior crescimento seja o de joias, semi-joias e perfumaria.

Demanda por vestuário

A produção têxtil em 2010 já avançou 9,47% em fevereiro, e as confeccões de roupas, 9,02%, com capacidade para atender à demanda do Dia das Mães, segundo a Abit. A entidade informou ainda que 41% da demanda por vestuário é do público feminino.

A rede de lojas Maria Bonita vem atingiu crescimento recorde de 40% nos últimos 12 meses. A diretora do grupo, Denise Neuchs, espera manter esse avanço em 2010.

– A Maria Bonita não investe em uma coleção específica para o Dia das Mães por ter um público voltado para todas as idades – explica.

No dia 30 de março, o estado de São Paulo publicou decreto que concedeu redução para 7% do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para mercadorias da indústria têxtil. Atualmente, o segmento fatura R$ 28 bilhões e recolhe R$ 1 bilhão em impostos por ano. A redução deve beneficiar mais de 13 mil empresas do setor e, principalmente, o consumidor que terá agora uma menor carga tributária somada ao preço dos produtos.

O presidente da CNDL lembra que o Dia das Mães é a segunda data do ano para o comércio. “Vendemos praticamente todas as linhas, menos roupa masculina e brinquedos, é claro. O ramo de perfumaria, roupas femininas, calçados, livro e até mesmo automóveis crescem com a data”, completa.

Fonte:jbonline.terra.com.br

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