sexta-feira, 2 de abril de 2010

Indústria e comércio apostam no inverno


Frio intenso do ano passado deixou lojas sem estoque e pedidos para fábricas estão até 15% maiores


O frio do inverno passado está aquecendo as vendas do comércio e da indústria este ano. Sem estoques graças às baixas temperaturas da estação em 2009, o varejo intensificou as encomendas e a indústria do vestuário trabalha com projeção de crescimento entre 6% e 15%. As coleções de outono e inverno devem garantir vendas até 7,5% maiores no comércio.

O diretor do Sindicato da Indústria do Vestuário do Sul do Estado, Diomício Vidal, explica que o setor inicia as vendas de coleções outono/inverno ainda em dezembro, em pleno verão. Mas as entregas são realizadas para o varejo entre março e abril.

– Houve uma procura maior este ano, reflexo do frio que fez no inverno passado. Os lojistas ficaram sem estoques e estão comprando mais. Esperamos crescimento de 10% a 15% nas vendas da indústria porque o setor faz reposições até maio.

Vidal afirma que o setor de malharia ainda está produzindo mercadorias alusivas à Copa do Mundo e o reflexo deste mercado só deve ser sentido em abril.

Para o presidente do Sindicato da Indústria Têxtil de Blumenau e Região, Ulrich Kuhn, a perspectiva é positiva porque as previsões são de um inverno com a mesma intensidade de 2009.

– Cada vez mais, a indústria produz muito para o outono e pouco para o inverno rigoroso, que só existe aqui no Sul do país. O setor deve crescer como a economia do país, entre 5% e 6%, isso com o efeito da Copa do Mundo embutido – argumenta.

Os varejistas estão empolgados. O presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL/SC), Sérgio Medeiros, diz que as vendas de inverno devem fechar com 7,5% de crescimento.

– A confederação do comércio estima crescimento de 10% por causa do clima positivo das pessoas e da recuperação do emprego. O apelo da Copa do Mundo deve contribuir para construir estes números – afirma.

O presidente da CDL de Florianópolis, Osmar Silveira, espera por um inverno mais forte do que o do ano passado e, com isso, vendas até 6% maiores nos artigos da estação.


Fonte:clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp

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