quinta-feira, 8 de abril de 2010

Reposições com base na procura!


Empresas como a Levi Strauss descobriram que uma abordagem baseada na procura tem um papel importante a desempenhar. A Levi’s implementou um sistema informático para a reposição de produtos que permitiu reduzir custos de mão-de-obra, bem como excessos e falhas de stocks.

Descrevendo a Levi Strauss como um retalhista ainda jovem e em amadurecimento nos EUA, Lee Robertson, diretor de tecnologia de informação nos sistemas de retalho multicanal, explica que cresceu das 30 lojas no mercado norte-americano para uma cadeia de 150 lojas no espaço de três anos. «À medida que entravamos no retalho, sabíamos que tínhamos de lidar com a localização e a reposição ao nível da SKU [Unidade de Manutenção do Stock, do original: Stock Keeping Unit] e percebemos que tínhamos de usar a mesma ferramenta para prever com precisão e repor o produto», afirma Robertson. E, com 25.000 a 30.000 SKUs na dimensão estilo/cor/tamanho em qualquer determinado momento, isto não é uma tarefa fácil.

Para obter «taxas elevadas de preenchimento das encomendas do cliente e melhor precisão nas previsões baseadas em dados em vez de suposições», o que a Levi Strauss realmente queria era «basear a reposição nas restrições de inventário do armazém» nos seus três centros de distribuição nos EUA.

A implementação da solução da JustEnough para a reposição na loja demorou três meses, desde o final de Junho a Outubro de 2008, permitindo um mês de estabilização.

Entre os módulos SaaS (Software as a Service) em uso estão a previsão ao nível do tamanho e da localização, estratégias dinâmicas de armazenagem, que permitem a reposição reativa ao nível do tamanho/local, e a classificação da loja de modo que as melhores classificadas sejam reabastecidas primeiro. A empresa de vestuário também está a ajustar o seu inventário em loja com base em mudanças de sazonalidade e está a fazer uma média de duas reposições por semana.

Entre os resultados mais notáveis, a implementação do software e os custos do primeiro ano de operações foram quase compensados pela redução nos custos de mão-de-obra. Além disso, no ano passado, o valor dos stocks foi reduzido em cerca de 20%, o valor do stock em excesso diminuiu 30% e as falhas de stock, ou perda de vendas, foram reduzidas em 5%.

Decisivamente, a Levi Strauss também melhorou a sua capacidade de reagir a certas lojas que vendem artigos mais rapidamente e tornou-se mais pró-ativa em antecipar as necessidades de stock com base em tendências e sazonalidade.

Mas Robertson salienta ainda que a empresa de jeans e roupas casuais não tem apenas investido em novo software, mas está a atuar em diversos pontos na sua tentativa de melhorar a gestão de inventário. Isto inclui uma gestão mais apertada da logística e transporte e dos tempos de trânsito, otimização do espaço de venda, aumento das expedições para as lojas com espaço de armazenagem mais pequeno e maior frequência nas expedições de reposição.

«O foco tem sido, para nós, no inventário que possuímos. A próxima grande oportunidade está numa melhor gestão das faltas de stock que recentemente estavam na faixa dos 12-17%, conclui Robertson.


Fonte: Just-Style

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