segunda-feira, 31 de maio de 2010

Você tem o costume de dizer “amanhã eu faço”?


Veja as implicações das pessoas que sempre deixam as tarefas para a última hora ou para o dia seguinte.

Adiar a realização de uma tarefa é algo comum na vida das pessoas, para exemplificar esta questão basta responder a uma pergunta simples: quem nunca adiou o preenchimento da declaração de imposto de renda?

Embora pareça um traço da nossa cultura, deixar para amanhã não é uma exclusividade dos brasileiros, mas sim uma característica do ser humano que pode ser potencializada ou atenuada por fatores culturais e/ou educacionais.


Poucas pessoas podem dizer que nunca deixaram para depois alguma tarefa particularmente onerosa, seja física ou psíquica, mesmo tendo tempo de sobra para realizá-la.


Procrastinação é o adiamento de uma ação. É o deixar para outro dia ou para um tempo futuro. Os motivos desse adiamento podem ser justificados de diversas formas, como medo do fracasso, mentalidade autodestrutiva, perfeccionismo, etc. Até certo ponto, procrastinar pode ser considerado normal, mas exige uma atenção especial quando se torna crônico, pois pode ser sinal de alguma desordem psicológica ou fisiológica.


Existem dois tipos de procrastinadores, os relaxados e os tensos.


No grupo dos relaxados a questão é vista como uma situação que causaria desprazer. O indivíduo, diante da necessidade de realizar uma tarefa no momento em que esta é exigida, busca atividades mais prazerosas. Na pratica, acaba deixando de lado tarefas importantes para buscar um prazer (muitas vezes fugaz) para tentar fugir da realidade.


Quanto ao grupo dos tensos a procrastinação surge como uma ferramenta de relaxamento, porém pouco eficaz. Por regra, frente a uma atividade percebida como geradora de pressão, releva sua importância e adia sua realização e, conseqüentemente, seu peso para o dia seguinte.


A compreensão básica (ou desculpa) por trás da dinâmica é que adiando a realização é possível descansar e no dia seguinte estar mais relaxado e disposto para enfrentar o desafio. Acontece que no dia seguinte a história se repete deixando o prazo da conclusão da atividade cada vez mais curto. O circulo vicioso que se forma aumenta o estresse além dos sentimentos de ansiedade e frustração.


Estabelecido o ciclo, o que se encontra é uma sucessão de atrasos, perdas de prazos e fracassos, enquanto desejos, objetivos e até mesmo sonhos pessoais são deixados de lado, amontoados em uma pilha sob a etiqueta "amanhã eu faço".


Imaginar a quantidade de atividades e atitudes que acabamos deixando para amanhã durante os anos da nossa existência, dá uma noção do prejuízo que acumulamos.


Apenas para refletir melhor sobre a dimensão que o procrastinar pode adquirir, quando deixamos de olhar apenas para as tarefas e nos voltamos às pessoas, podemos também contabilizar o que deixamos de oferecer.


Por fim é preciso deixar claro que não é sensato confundir procrastinação (o adiar da realização) com preguiça. Esta pode ser interpretada também como aversão ao trabalho, negligência, indolência, morosidade, lentidão ou moleza. Um conceito bem diferente.


Mas nem tudo está perdido. Compreender melhor como reagimos aos desafios e, principalmente, agir de uma forma diferente quando eles se apresentam pode fazer a diferença.


Este simples texto começou a ser escrito a cerca de três semanas e concluído em menos de uma hora, quando percebemos que não havia absolutamente nada de desagradável em escrevê-lo. Realmente não faz sentido adiar uma tarefa, um abraço, uma desculpa ou um simples "eu te amo".

Fonte:administradores.com.br

ISS Zero para as indústrias de confecção em Dourados


Sinvesul comemora anuncio de ISS Zero para as indústrias de confecção em Dourados

O prefeito Ari Artuzi vai encaminhar à Câmara Municipal projeto de lei que isenta as operações de terceirização de serviços dentro do segmento de confecções, as chamadas facções

O presidente do Sinvesul (Sindicato das Empresas do Vestuário Industrial da Região Sul do Estado), Gilson Kléber Lomba, comemora a decisão do prefeito de Dourados, Ari Artuzi, de criar o ISS Zero como forma de incentivar o desenvolvimento do segmento de vestuário no município. “Essa iniciativa vai possibilitar que mais indústrias de confecções venham se instalar no Ceprovest (Centro de Produção do Vestuário e Têxtil), lançado durante a Expo-MS Industrial 2010. Trata-se de um grande atrativo de empresas para a nossa região e representa um desejo antigo das indústrias do segmento”, avaliou.

Segundo Maurício Peralta, secretário municipal de Agricultura, Indústria e Comércio de Dourados, nos próximos dias a Prefeitura vai encaminhar à Câmara de Vereadores o projeto de lei que oferecerá isenção total do ISSQN (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza) em operações envolvendo as indústrias de confecção. Na prática, o ISS Zero vai isentar da cobrança do imposto municipal as operações de terceirização de serviços dentro do segmento de confecções, as chamadas “facções” - nome dado às indústrias de confecções e vestuário que fazem seus serviços exclusivamente para outras empresas e cujo conceito remete a um sistema de subcontratação da produção muito comum na indústria têxtil da Inglaterra do século XVIII.

Mais empregos
“Isso acontece quando determinada indústria de confecção terceiriza para outra empresa, serviços como montagem das peças, por exemplo. Quando a empresa que pegou o serviço devolve as peças montadas ou qualquer outro tipo de trabalho terceirizado, é cobrado o ISS sobre essa operação. Com o ISS Zero, não haverá a cobrança”, explicou Maurício Peralta, acrescentando que o Governo de São Paulo já oferece para as indústrias instaladas no Estado o ISS Zero nas operações de facção.

“Atraídas pelo benefício, empresas de vários outros Estados procuram indústrias paulistas para terceirizar serviços de montagem de vestuário. Apenas uma grande empresa de Mato Grosso do Sul é responsável pela geração de 250 empregos em São Paulo só por fazer naquele Estado os serviços terceirizados. Com o ISS Zero, queremos trazer para Dourados essas empresas que estão fazendo serviços em São Paulo”, afirmou o secretário, reforçando que em Dourados o projeto de lei que está sendo elaborado pela Prefeitura vai criar algumas regras, entre elas a concessão do benefício apenas para indústrias de confecções estabelecidas em Mato Grosso do Sul.

Pai da idéia
O prefeito de Dourados, Ari Artuzi, recebeu a sugestão do ISS Zero do presidente do Sindivest/MS (Sindicato das Indústrias do Vestuário, Tecelagem e Fiação de Mato Grosso do Sul), José Francisco Veloso Ribeiro, que também é presidente do Compem (Conselho Temático Permanente da Micro e Pequena Empresa Industrial) da Fiems. “Essa iniciativa da Prefeitura de Dourados vai incrementar a entrada de indústrias de grande porte no município, gerando mais empregos e, conseqüentemente, mais renda para os trabalhadores da região”, disse Francisco Veloso.

Segundo o secretário municipal de Agricultura, Indústria e Comércio de Dourados, o prefeito gostou da idéia e, durante o lançamento do Ceprovest na Expo-MS Industrial 2010, anunciou aos empresários do segmento que a Prefeitura iria criar o ISS Zero. “Trata-se de um esforço muito grande da Prefeitura, pois vai significar abrir mão do ISS nessas operações em nome da geração de emprego e de renda”, afirmou

Fonte:agorams.com.br

Latinidade e tropicalidade é a aposta do Pólo São Gonçalo no Rio-À-Porter!

Latinidade e tropicalidade é a aposta do Pólo São Gonçalo no Rio-À-Por

Entre os dias 29 de maio e 1º de junho de 2010, no Píer Mauá, acontece o Rio-À-Porter, evento de negócios que acontece paralelamente aos desfiles do Fashion Rio. O Pólo de Moda São Gonçalo estará presente no evento apresentando o conceito de metamorfose ligado à moda. Pensando na coleção primavera / verão 2011, o Pólo São Gonçalo levará para o Rio à Porter o tema ‘latinidade da tropicalidade’. Destacando o inédito, a vontade de se transformar e de se reinventar, as quatro marcas apresentarão a beleza do povo latino, com toda a sua ginga e o colorido da multiplicidade das raças.

“A latinidade é uma mistura criativa de diferentes civilizações e o choque cultural é o coração do tema do Pólo São Gonçalo. Vamos usar e abusar da criatividade para celebrar o sol, a praia e o calor da estação mais quente e esperada do ano! Toda essa alegria e vivacidade é o conceito brasileiro, ou seja, é a cara do nosso país”, declara Célia Martins, estilista da grife Porus, de moda feminina.

O Pólo de Moda São Gonçalo reutiliza materiais que antes eram ignorados e produz roupas com tecidos de fibras alternativas que geram renda e, acima de tudo, inserem a moda em diversas áreas. O Pólo passa por este processo consciente de responsabilidade social, com muita cor e beleza de formas. Suas exportações concentram-se basicamente para os Estados Unidos, Portugal e Itália. Grifes e confecções que participam desta edição: Porus (moda feminina), Usina Rio (bolsas e sapatos), L'Santi (moda em couro) e Ouz (jeans).

A região de São Gonçalo conta com mais de 200 empresas formais com produção multisegmentada em jeans, moda praia, lingerie, surfwear e casual, gerando assim, cerca de seis mil empregos diretos e indiretos. O pólo São Gonçalo representa cerca de 7% do PIB industrial do setor têxtil/confecção do Estado do Rio. A moda em São Gonçalo teve início no final da década de 1970 com um movimento de abertura de confecções domiciliares para a produção de peças de jeans. Com o sucesso das primeiras empreendedoras, outras se sentiram motivadas a fazer o mesmo. Porém, somente em novembro de 2005, foi criado o Pólo Industrial de Moda de São Gonçalo, com aproximadamente 200 empresas formais.



“São Gonçalo é um pólo que vem crescendo a cada edição, tendo realizado no último Rio-À-Porter, exportações para a Europa. Neste pólo é enfatizado o fato de São Gonçalo ser uma cidade com grande característica industrial e com proporcional capacidade de crescimento”, destaca Célia Martins, da grife Porus.

O Pólo de Moda São Gonçalo se vê frente a um novo papel consciente de sua responsabilidade sócioambiental e propõe cores, beleza e novas possibilidades para uma moda ainda mais consciente, que se dá através de um mergulho em sua própria identidade. Essa consciência estará evidente no estande do Rio à Porter e está presente também na brasilidade de soluções em tecidos, bordados como a malha pet e as eco-bags, algo tão peculiar no Pólo São Gonçalo.

Porus - A grife Porus apresenta uma ‘salada tropical’ na sua coleção primavera / verão, onde as cores ilimitadas se transformam em uma atmosfera festiva, que corresponde ao otimismo do verão. Estampas do mundo náutico recicladas foram misturadas com rendas, babados e laços que traduzem uma proposta romântica e só enriquece ainda mais o tema. A Porus buscou em suas cooperativas de bordados uma tendência de moda sustentável e toda feita a mão, pronta para conquistar o mundo.

A estilista da grife, Célia Martins, além de expor suas criações no Pólo São Gonçalo, também foi convidada para expor suas peças no ‘Ateliê Literário’, no Fashion Rio. Trata-se de um espaço ousado e prático, onde a presença da moda aparece com um ar de literatura. Nele, todas as paredes foram forradas por pedaços de papéis que se misturam entre livros e rabiscos estampados, criando todo o cenário. Tudo nesse projeto respira a literatura e a moda. E é lá que a Porus apresenta sua peça ecologicamente e socialmente correta, com tecidos ecológicos, todo confeccionado com mão de obra de bordadeiras. O autor homenageado pela grife é o curitibano Paulo Leminski. Na criação exposta pela Porus, a célebre frase do autor “Não discuto com o destino, o que pintar eu assino” está ressaltada numa roupa jovial e totalmente usável. www.porusfashion.com.br

Ouz Fashion - Com mais de 30 anos de mercado, a Ouz Fashion é uma grife preocupada com as questões ambientais. As peças são todas feitas com 100% de algodão e jeans com lavagens especiais, e o seu diferencial é usar o mínimo de componentes químicos em suas peças. A Ouz ainda acredita na utopia e no idealismo, a roupa para todo o momento. Nos mantemos fiéis a filosofia original da grife reflete perfeitamente em seu slogan: “For fun, For fashion, For life!”

Pensando no verão 2011, a Ouz propõe uma coleção colorida e descontraída, onde o foco principal é a sensação de bem estar, trazendo os códigos de diferentes décadas, tribos, culturas e a memória dos momentos felizes, de dias coloridos, das sensações de prazer em boas campainhas... Esta é a proposta da Ouz nesses dias tão inspiradores do verão carioca. www.ouzfashion.com.br



Usina Rio - O desenvolvimento da grife Usina Rio iniciou-se em 2008 com um sonho de criar uma usina de moda, de criatividade e solidariedade. Fabricando bolsas, calçados e acessórios de moda, desde a inauguração, a Usina Rio tem como conceito a preocupação com a sustentabilidade e a difusão do design brasileiro.

“Nossa missão é criar um espaço de moda contemporâneo, despojado e ao mesmo tempo sustentável economicamente, social, cultural e ambiental com produtos sofisticados e, ao mesmo tempo, com elementos naturais e que remetam a um estilo rústico-fashion, proporcionando uma viagem ao conforto e bem-estar”, afirma Ana Cristina Miranda, estilista e designer da Usina Rio, que participa pela primeira vez do Rio à Porter. www.usinario.com.br

L. Santii: - Com o objetivo de criar e inovar no segmento de couro, a L. Santii vem se destacando no mercado desde 2008, mostrando uma moda contemporânea, despojada e, ao mesmo, tempo sustentável.

A L. Santii acredita na capacidade de criar elementos naturais, aliando-os a produtos que geram conforto aos seus clientes. Com isso, seus cintos e bolsas em couro se tornaram referência no país. mdscouro@gmail.com

[O Rio -À-Porter e Fashion Rio acontecem até o dia 1º de junho (terça-feira) , das 10h às 22h, no Píer Mauá, Rua Rodrigues Alves s/nº, Rio de Janeiro].



Fonte:revistafator.com.br

domingo, 30 de maio de 2010

Pesquisa aponta receio feminino em comprar itens de moda na Internet


São Paulo - A insegurança é o sentimento mais evidente quando se trata de compras online, especialmente de produtos de moda. É o que revelou a pesquisa nacional realizada entre março e abril pela rede social especializada em moda byMK. Foram entrevistadas 1.190 internautas, a maioria na faixa de 20 a 40 anos. Os principais fatores que inibem o consumo são: impossibilidade de experimentar o caimento da peça no corpo, desconfiança com relação à eventual troca e à segurança dos dados pessoais na web.

“Faltam mais investimentos das marcas na internet”, observa Marcela Kauffman, de 29 anos, uma das idealizadoras do byMK. “Fizemos esse levantamento para conhecer os hábitos das nossas usuárias e mostrar às empresas parceiras a importância do e-commerce para o negócio.” Afinal, são poucas as que colocam em suas páginas informações suficientes para darem segurança às pessoas que desejam fazer compras online. Com isso, deixam de conquistar um nicho de mercado promissor.

Na ausência de uma padronização no tamanho das roupas brasileiras (ao contrário do que acontece nos Estados Unidos) e de orientações detalhadas para orientar os clientes na hora da compra, os itens de moda mais consumidos são maquiagens e acessórios - por oferecerem menor risco de erro.

Karen Steinberg, também mentora e sócia do byMK, sabe bem a dificuldade que as brasileiras encontram quando querem adquirir alguma peça de moda pela internet. Compradora online voraz, de tudo quanto é produto, ela prefere gastar seu dinheiro em sites estrangeiros, devido à maior segurança e praticidade. Quando viaja para outros países, ela se dá ao luxo de comprar pela web 15 dias antes, e pede para entregarem no hotel onde vai se hospedar.

“Para não correr riscos, só compro em sites que conheço”, conta Karen. “Nunca tive problemas, e fiquei surpresa em saber que as mulheres têm medo. Imaginava que havia muitas como eu, que adoram comprar pela internet.”

Fonte:.jcnet.com.br

sábado, 29 de maio de 2010

Vicunha diminui prazo para instalação em Cuiabá


Um dos maiores grupos da indústria têxtil nacional, o Vicunha, em fase de estudos para construção de sua nova planta industrial, em Cuiabá, anunciou nesta quinta-feira (27) por meio do superintendente Marcel Imaizumi que pretende reduzir de 36 para 24 meses o prazo inicialmente estipulado para término das obras e início da produção.

“Nosso protocolo previa prazo de 36 meses, mas estamos encontrando facilidades para diminuir esse prazo. Queremos pedir ao governo do Estado e à prefeitura que concretizem essas condições favoráveis”, diz Imaizumi. Além disso, o representante da Vicunha ressalta que a partir do próximo ano, principalmente no setor de jeans, no qual atua o grupo, a demanda e a concorrência só tendem a crescer, colocando a empresa em posição mais ‘agressiva’ frente ao mercado.

Ele explica que a instalação da indústria depende de ações específicas do poder executivo. “Esse novo plano de 24 meses vai depender da infraestrutura. Uma fábrica não funciona sem água e esgoto, por exemplo. Quando a começar as obras, começamos também”, explica o superintendente.

Alguns acordos foram feitos entre os executivos municipal e estadual e a indústria, no sentido de oferecer benefícios para que o grupo se instalasse em Mato Grosso. Imaizumi diz que haverá isenção de 96% do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) por um período de 15 anos, oferecido pelo governo do Estado.

O terreno onde será instalada a fábrica, próximo à MT-070 e com cerca de 60 hectares, foi doada, e a prefeitura de Cuiabá comprometeu-se a construir uma Estação de Tratamento de Água (ETA) no local, além de um posto policial e outro de saúde. O executivo municipal ofereceu, ainda, isenção de quase 70% do IPTU (Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana).


Fonte:olhardireto.com.br

Toritama, o ascendente polo do jeans em Pernambuco


Município do Agreste do Estado tem a indústria do vestuário como alternativa à agricultura, pouco viável na terra seca
Sílvia Leitão


A paisagem verde, com pastos e fazendas, é o cenário esperado para quem viaja em direção ao interior de Pernambuco. Esse retrato ganha um novo componente, o jeans, quando se está indo em direção a Toritama, no Agreste do Estado, a 173 quilômetros do Recife. As fábricas de jeans chamam atenção de turistas, empresários e comerciantes, que se deslocam de diversas partes do Brasil em busca do produto.

O Polo de Confecções do Agreste de Pernambuco, com uma fatia de 14%, é atualmente o segundo maior distribuidor de jeans do Brasil, só perdendo para o Estado de São Paulo. Toritama é um exemplo da busca de alternativa econômica de sobrevivência de um povo que vive em uma terra pouco propícia à agricultura e mal servida de água.



Foto: Carlos Cajueiro
Modelos desfilam em Toritama: participação de toda a cadeia produtiva


O coração das vendas do município é o Parque das Feiras. A empresária Djanete Sales Almeida, de 40 anos, está no mercado há quase duas décadas. Ela fabrica três mil peças em jeans mensalmente - e tudo é vendido. Os baianos, afirma a empresária, estão entre os que mais consomem. Eles levam todo tipo de peça, como vestidos, calças, blusas, shorts, saias e jaquetas, que saem por preços entre R$ 20 e R$ 50. “Em maio, com o Festival de Jeans, as vendas sobem em média 25%”, diz.

Esses comerciantes se orgulham porque seu público é fiel. Bruno da Fé Dias, comerciante de 29 anos, compra em Toritama desde 2002. “Primeiro trabalhei dez anos com pessoas de Santa Cruz do Capibaribe – cidade próxima –, depois passei a ter minhas próprias lojas e a comprar em Toritama. As peças daqui têm ótima aceitação no mercado da Bahia e brasileiro. Muita gente prefere comprar peças de fornecedores de Toritama a São Paulo”, afirma Bruno, que sai de três em três meses de Barreiras, a 950 quilômetros de Salvador, para comprar no interior pernambucano.

Essa efervescência em torno do jeans sempre aumenta em maio com o Festival de Jeans de Toritama – de 14 a 18 deste mês foi realizada a nona edição do evento, que recebeu 30 mil visitantes. A Associação Comercial e Industrial de Toritama (ACIT), que organiza o festival, diz que o evento foi um divisor de águas para a cidade. "Desde a primeira edição, o crescimento econômico local deu um salto”, avalia o presidente da entidade, Luciano Cavalcanti.

Valor sentimental

Toda a cadeia produtiva elogia a proposta do festival. Há quatro anos participando da iniciativa, o empresário Léo Lerony, de 31 anos, demonstra sua satisfação com um aumento de vendas entre 10% e 15%. Já a modelo Lídia Martins, de 15 anos, que desfila com o jeans produzido em Toritama, mostra o valor sentimental que o evento traz para a população local. “As modelos têm consciência da responsabilidade da passarela para os produtores da cidade. Estamos ajudando a mostrar o trabalho de muita gente aqui. Não é só questão financeira, mas satisfação profissional”, disse.


Toritama tem mais de mil fábricas de jeans, e 60 mil empregos, sendo 15 mil diretos, têm ligação com o setor. Surubim, Caruaru e Santa Cruz do Capibaribe, além de Toritama, integram o Arranjo Produtivo Local (APL), no qual 120 mil empregos diretos e 360 mil indiretos têm ligação com a cadeia do jeans – do total de profissionais que trabalham com costura, cerca de 90% são mulheres. O piso salarial é de um salário mínimo.
"São quase meio milhão de pessoas empregadas, apesar da grande informalidade do setor”, diz Waldyr Rocha, diretor da Associação Comercial e Industrial de Toritama, que reúne 150 sócios e 350 microempresários. A cidade de Toritama é responsável pela produção de quetro milhões de peças de roupas todos os meses; o polo todo, por 12 milhões

Fonte:economia.ig.com.br

O que você precisa saber para encantar os recrutadores com o seu currículo


Em todo processo seletivo, o currículo é a porta de entrada para um candidato, "o cartão de visitas". Como primeiro contato entre a empresa e o profissional, devemos sempre ter em mente que o currículo é, antes de mais nada, um documento. As informações que ele traz tem caráter oficial em uma seleção, como um "RG" profissional. Então, para garantir que a primeira impressão seja positiva, alguns cuidados devem ser tomados durante a preparação do currículo.

A primeira preocupação do profissional deve ser com relação à veracidade das informações. É extremamente importante incluir apenas a graduação, os cursos extra-curriculares e experiências que tiverem sido, de fato, realizados, com informações verídicas sobre datas e períodos de conclusão. Muitos candidatos, por imaginarem que serão melhor recebidos na seleção, costumam incluir graduação e curso de idiomas como se estivessem concluídos. É extremamente importante deixar claro no documento que eles estão em andamento e qual é a previsão de conclusão, quando for o caso.


Outro ponto importante é com relação às datas de entrada e saída nas empresas em que o candidato trabalhou anteriormente. Em hipótese alguma, deve-se alterar a data de saída, na tentativa de torná-la mais próxima da data de entrada no próximo emprego. Esse erro, muitas vezes identificado na entrevista pessoal, pode fazer com que o avaliador desconfie da veracidade das demais informações do currículo. O ideal é que o candidato deixe claras as informações e explique, na entrevista, o motivo do período em que ficou sem trabalhar.


Já com relação às demais informações, como cargo e atividades desenvolvidas, a organização e clareza do currículo são fatores importantes. O ideal é começar pelas informações pessoais de contato. Em seguida, deve vir o objetivo do profissional, sempre muito importante no momento da compatibilidade com a vaga. Vale a pena deixar clara a área em que se pretende atuar, com objetividade.


As experiências profissionais, um dos mais importantes pontos do currículo, devem vir sempre acrescidas dos desafios que o profissional enfrentou e solucionou. A empresa e o cargo são importantes, mas os principais trabalhos e projetos realizados são muito valorizados na avaliação curricular. É interessante descrever o que foi desenvolvido, se foi uma extensão de um trabalho já iniciado ou se foi implementado, as áreas parceiras no projeto e, principalmente, os resultados obtidos, para a empresa e para seu desenvolvimento.


Em seguida, pode-se mencionar a graduação e cursos de especialização. Cursos rápidos só devem ser mencionados se eles estiverem relacionados à área em que o profissional se formou, ou caso ele queira redirecionar sua carreira. Especializações são sempre bem-vindas, assim como cursos de idiomas. Caso não estejam concluídos, isso deve ficar claro no currículo e não diminui as chances do candidato. No caso específico dos idiomas, é importante registrar seu exato nível na língua estrangeira. É importante lembrar que as oportunidades que requerem idioma fluente sempre exigem validação em um teste de idiomas.


O currículo também deve estar visualmente limpo e objetivo. É importante deixar de lado a "decoração" e informações irrelevantes. Dispense papeis coloridos, a menos que sua área de atuação permita, e não abuse de ferramentas de destaque ou coloridas.


Um currículo ideal deve ter no máximo duas páginas. Assim, vale priorizar as informações mais relevantes. Todas as informações adicionais podem ser comentadas na entrevista pessoal, caso haja oportunidade. O mesmo deve acontecer com relação à pretensão salarial, que deve, preferencialmente, ser comentada na conversa com o avaliador, caso o profissional seja questionado.


Em um cenário mais competitivo, um currículo verdadeiro e bem formatado pode garantir a participação em um processo seletivo. Por isso, vale a pena investir algum tempo na sua produção.


*Teresa Gama é diretora da Projeto RH



Fonte:administradores.com.br

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Instituições de ensino apostam em cursos na área de moda


A moda será o foco principal do Rio, desta quinta-feira até o dia 01 de junho. A 17ª edição do Fashion Rio, maior evento de moda da cidade, abre espaço não só para as grandes grifes, mas também para os profissionais que trabalham nos bastidores da moda, como costureiras, modelistas e especialistas em acessórios, entre outros. Antes anônimos, estes trabalhadores ganham cada vez mais destaque e, com isso, muitas escolas e universidades vêm desenvolvendo cursos especializados nos diversos segmentos dessa área.

Ex-assistente de RH, Luciana Couto, de 28 anos, resolveu deixar a profissão de lado para embarcar em um antigo sonho: confeccionar roupas e acessórios que ela mesma desenha. Para isso, inscreveu-se em um curso técnico de costura e modelagem no Senai-RJ, onde, além de criar os modelos no papel, também produzia as peças. Concluído o curso, abriu uma pequena confecção em Vila Isabel, onde mora e, dois anos depois, já possui duas funcionárias para atender a demanda de encomendas.

"Foi um salto no escuro. Tinha um emprego estável e larguei tudo para fazer o curso e abrir a confecção. Mas não me arrependo. O próximo passo é fazer uma faculdade de moda e me aperfeiçoar cada vez mais", revela a pequena empresária.

De olho no crescimento do mercado, diversas instituições de ensino criaram cursos na área. Além de costura e modelagem, o Senai-RJ oferece cursos profissionalizantes de Confecção de Vestuário e Acabamento Têxtil, além de cursos de nível superior e Pós-Graduação Latu Sensu na área.

Para quem almeja a graduação, a Escola de Moda da Universidade Cândido Mendes oferece o curso de Design de Moda nos campus de Ipanema e Niterói. Já a Universidade Veiga de Almeida tem diversos cursos de extensão, como Ateliê de Costura, Costura e Acabamento, Modelagem e Confecção de Bolsas, entre outros.

"Acho que a moda é uma das áreas mais interessantes para se trabalhar hoje em dia. Criar uma peça na cabeça, confeccioná-la e depois vê-a exposta em uma vitrine é uma satisfação que não tem preço", afirma Luciana.

Quem quiser conhecer a produção dos principais pólos de moda do país, não pode perder o Rio-À-Porter, Salão de Moda e Design que acontece paralelamente aos desfiles do Fashion Rio, no Píer Mauá. O evento vai reunir mais de 200 expositores nos armazéns 4, 5 e 6 do Cais do Porto, mostrando que nem só de grandes grifes é feita a moda. Oportunidade perfeita para quem está começando na área e quer trocar experiências com quem já é do ramo.

Estudante do Ensino Médio, Laura Ferreira Dias já cria suas próprias peças, como acessórios e blusas customizadas e sonha cursar uma faculdade de moda. Como ainda não se decidiu por qual instituição optar, Laura acompanha as novidades da área através de blogs e sites especializados no assunto. No próximo final de semana, acompanhada por um grupo de amigas, vai conferir as novidades do Rio-À-Porter.

"Acho que, antes de tentar uma faculdade, vou fazer um curso profissionalizante. Quero aprender todo o processo, como modelagem, costura e criação. Já faço algumas coisas, mas quero me aperfeiçoar para ter minha própria confecção", ressalta.

Fonte:noticias.terra.com.br

Linhas Estrela - Do Coronel Delmiro Gouveia e Lampião


Interessante como a história de um indivíduo termina sendo a história de toda uma nação, refiro-me ao processo de desindustrialização do Brasil, sendo a saga de Delmiro Gouveia um dos seus capítulos.
Senão vejamos,,,quem não conhece estes tubinhos de linhas de costurar da marca “Linha Corrente”
Para manter seu monopólio no Brasil a Linhas Correntes comprou a fábrica da “Linhas Estrela” de Delmiro Gouveia.
Após a compra, vendida pelo herdeiros de DG, o maquinário desta fábrica foi jogado num penhasco, numa demonstração de poderio da multinacional sobre o parque industrial brasileiro.

A conferir..

Delmiro Gouveia
“(….)
Em 1899, inspirado pela Feira Internacional de Chicago de 1893, inaugurou no Recife o Derby, um moderno centro comercial e de lazer, que pode ser considerado o primeiro shopping center do Brasil. Esse empreendimento foi um grande sucesso e motivo de orgulho para o Recife, e chegou a atrair multidões estimadas em mais de 8 mil pessoas, até que foi deliberadamente incendiado em 2 de janeiro de 1900 pela polícia de Pernambuco, por orientação do Conselheiro Rosa e Silva, que era feroz inimigo político de Delmiro, e a mando do então governador Sigismundo Gonçalves , fiel rocista.[4]

Após o incêndio, ateado por razões políticas no Derby, e também em virtude de ter-se apaixonado por, e depois raptado, uma filha natural de 16 anos do então governador de Pernambuco, seu arqui-inimigo político, Delmiro concluiu que sua vida corria perigo no Recife e transferiu-se, em 1903, para Pedra, em Alagoas, uma povoação perdida no coração do sertão, mas de localização estratégica para seu comércio, na Microrregião Alagoana do Sertão do São Francisco, fazendo fronteira com Pernambuco, Sergipe e Bahia, e hoje denominada Delmiro Gouveia em sua homenagem. Delmiro comprou uma fazenda em Pedra, às margens da Ferrovia Paulo Affonso, onde centralizou seu lucrativo comércio de peles e construiu currais, açude, sua residência, e prédios para abrigar um curtume.[2]

Planejando construir ali uma fábrica de linhas de costura – que até então eram importadas da Inglaterra, as conhecidas Linhas Corrente, que monopolizavam o mercado brasileiro – e apelando para ideais nacionalistas, nativistas e cívicos então em voga, conseguiu do governo de Alagoas concessões que incluiam o direito à posse de terras devolutas, isenção de impostos para a futura fábrica, e permisssão para captar energia da cachoeira de Paulo Afonso, além de recursos governamentais para ajudar na construção de 520 quilometros de estradas ligando Pedra a outras localidades.[2][5] A partir de 1912 iniciou a construção da fábrica de linhas e da Vila Operária da Pedra, com mais de 200 casas de alvenaria. . Em 26 de janeiro de 1913 inaugurou a primeira hidroelétrica do Brasil com potência de 1.500 HP na queda de Angiquinho. Em 1914 iniciou as atividades da nova fábrica sob a razão social Companhia Agro Fabril Mercantil, produzindo as linhas com nome comercial “Estrela” para o Brasil, e “Barrilejo” para o resto da América Latina. Com preços muito abaixo das “Linhas Corrente”, produzidas na Inglaterra pela Machine Cotton, que até então monopolizava o mercado de linhas de costura em toda a América Latina,[5] logo dominou o mercado brasileiro, e amplas fatias dos mercados latinoamericanos.[4]

O sucesso da empresa – que em 1916 já produzia mais de 500.000 carretéis de linha por dia – chamou a atenção do conglomerado inglês Machine Cotton, que tentou por todos os meios comprar a fábrica.[5] Por motivos políticos e questões de terras, Delmiro Gouveia entrou em conflito com vários coronéis da região, o que provavelmente, segundo a maioria dos historiadores, ocasionou seu misterioso assassinato à bala. Outros historiadores – apoiados no conceito de Direito Romano qui prodest? – a que isto serviu? a quem isto aproveitou? – incluem a Machine Cottton no rol dos suspeitos.[6] Seus herdeiros, não resistindo às pressões da Machine Cotton, venderam a fábrica à empresa inglesa, detentora na América Latina da marca “Linhas Corrente”, que mandou destruir as máquinas, demolir os prédios, e lançar os maquinários e escombros no rio São Francisco, livrando-se assim de uma incômoda concorrência.[2][

http://pt.wikipedia.org/wiki/Delmiro_Augusto_da_Cruz_Gouveia

Dessa eu não sabia,,,Lampião foi empregado de Delmiro Gouveia!!
Veja vídeo abaixo:

http://www.youtube.com/watch?v=urDfpFYZ2ng&feature=player_embedded

http://www.youtube.com/watch?v=urDfpFYZ2ng&feature=player_embedded


Fonte:josecarloslima69.blogspot.com

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Costurar também é coisa de homem


Costurar e bordar jeans não é coisa só de mulher em Toritama, no Agreste de Pernambuco, a pouco mais de duas horas da capital Recife. O machismo nordestino do “cabra macho” está longe de ser parte da realidade desse mercado. Toritama, ao lado de Surubim, Caruaru e Santa Cruz do Capibaribe, integram um Arranjo Produtivo Local (APL) formado por 17 cidades que somam 15 mil empresas e geram 120 mil empregos diretos e 360 mil indiretos



Wellington José Neves de Lima, 42, trocou a profissão de frentista e salário mínimo pela de costureiro e salário de até R$ 900, em Toritama (PE)

Apesar de apenas 10% dos empregados serem homens, nenhum deles parece se envergonhar de vergar linha e agulha para obter seu sustento. Para o costureiro Edilson Santos Silva, 41, por exemplo, trabalho é trabalho. “Homem aqui é trabalhador, seja na enxada ou na máquina de costura. Problema é para quem deixa a mulher em casa”, brinca.

Do mais simples ajudante de costureiro até o grande empresário, não há nenhum homem de orgulho ferido por meter a mão na agulha para criar peças reconhecidas como de qualidade por clientes exigentes.

No interior da confecção na qual trabalha, no ponto quente das vendas do município, por entre tecidos, linhas e máquinas e ao lado de um batalhão feminino, Wellington José Neves de Lima, 42, tem é orgulho de levar o sustento de sua família literalmente às mãos. “Há pouco mais de duas décadas, venho me dedicando à confecção de peças em jeans", diz. Eu não estava satisfeito trabalhando como frentista de posto de gasolina.” Na cidade, um frentista ganha, em média, um salário mínimo. Já um costureiro experiente recebe entre R$ 800 e R$ 900 por mês e, dependendo da época, pode-se ganhar até R$ 400 por semana.


Muitos deles entram cedo no mercado de trabalho. Com 28 anos na fabricação de jeans, o empresário Edson Tavares, 43 anos, começou aos 14 anos, quando pregava os botões das peças que sua mãe fazia, no início da década de 1980. “Naqueles tempos, não havia no Brasil preocupação com trabalho infantil, a gente começava cedo mesmo”, diz Tavares que, mais tarde, transformou o que aprendeu em negócio com escritórios no Norte, Nordeste e Sudeste.
A função do novato Cássio José Arruda de Oliveira, 20 anos, já é diferente, contudo não menos passível de velhos preconceitos nordestinos. Há dois meses, ele é um dos 32 homens de uma lavanderia toritamense, responsável pelos variados aspectos de envelhecimento de calças, saias e shorts jeans. O rapaz chega a customizar 100 peças, todos os dias. “Sempre gostei de moda. Antes, trabalhava com marcenaria, também utilizando lixa, ferramenta que utilizo para customizar o jeans. Sinto-me um artista. É ótima a sensação de ver as pessoas na rua com aquilo que produzi. No futuro, quero ter meu próprio negócio”, adianta.

Fonte:economia.ig.com.br

Liderança modelo “Dunga”: razão X coração


Dunga demonstrou bastante segurança e firmeza na leitura dos nomes, como alguém que elege companheiros de jornada. Uma jornada curta, rápida, porém bastante intensa e normalmente inesquecível.

Na semana passada o país parou para ver a tão esperada lista de convocados para a Copa do Mundo. Claro que como acontece em todas as Copas, a lista agradou alguns e desagradou a outros. Como tudo o que vemos tem sempre um conteúdo de nós próprios em nossa percepção, eu acabei por assistir a divulgação da lista e a entrevista posterior concedida pelo "nosso" técnico Dunga com os olhos de uma pessoa de Recursos Humanos, cujo olhar para o tema Liderança está sempre presente.

Dunga demonstrou bastante segurança e firmeza na leitura dos nomes, como alguém que elege companheiros de jornada. Uma jornada curta, rápida, porém bastante intensa e normalmente inesquecível.


Uma frase sua que me chamou muito a atenção foi particularmente a que ele menciona que, muitas vezes ao analisar a lista, seu coração o chamava para alguns nomes, porém sua razão o fez optar por outros. Essa, para mim, foi a frase-chave para a reflexão que se segue. Essa dualidade razão-emoção está presente no dia-a-dia de qualquer pessoa que lidera outras pessoas. E como ela é difícil!


Com o passar dos tempos nos apegamos àqueles que trabalham conosco, passamos a gostar dessas pessoas, do que elas são em sua essência. Porém, muitas vezes, isso nos cega para enxergar o que elas são verdadeiramente como profissionais. Quantos líderes, ao tomar uma decisão, se deixam levar por seu coração e acabam por decidir erroneamente para a organização. Muitas vezes, ou melhor, na maioria das vezes essa tomada de decisão é completamente inconsciente e prejudica o negócio em pró da relação ou em pró da amizade ali estabelecida.


Mas qual é a conduta correta? Beneficiar a organização e colocar em risco a amizade ou o beneficiar a amizade e colocar em risco o próprio emprego ou a própria reputação? Creio que a melhor conduta, no ambiente profissional, seja a primeira opção. Porém, o que a maioria dos líderes não sabe, até porque não tem consciência do seu ato, é que podem falar sobre isso com a pessoa envolvida de maneira transparente. Quando nos vemos diante de uma situação como essa, temos que ter uma conversa clara e honesta com a pessoa, explicar as razões que nos levaram a tomar aquela decisão e dizer o quanto a amizade ou proximidade nada têm a ver com aquele ato.


Qualquer um poderá compreender uma atitude assim. O que as pessoas não compreendem é serem pegas de surpresa, é sentirem-se traídas por aquelas em quem mais confiavam, é receberem uma notícia ruim de forma coletiva e não privada.


Ser líder é saber comunicar a mensagem da melhor forma seja ela qual for. Sempre há uma melhor forma para aquele determinado liderado. Um bom líder conhece seus subordinados diretos a ponto de saber como falar cada assunto que precisa ser dito.


Temos tantas oportunidades de fazer as coisas da forma correta e nos momentos corretos. Pena que muitos líderes simplesmente não aproveitam essas oportunidades e acabam perdendo pessoas, gerando para as empresas custos muitas vezes quase imensuráveis de reposição, considerando treinamentos, investimentos e tempo dedicados a quem se foi.


Geralmente mais sortudos que o Dunga. Não temos o Brasil todo julgando nossas decisões, analisando cada nome de companheiro escolhido e cobrando as nossas decisões. Temos a liberdade de poder agir por nós mesmos.

Além disso, entendo que ele, Dunga, ainda teve a "tristeza" de não poder explicar em primeira mão à muitos deles o porquê não foram chamados, o que talvez ele desejasse fazer. A razão teve que prevalecer sobre o coração, tanto na escolha, como na forma de comunicar. Ainda bem que no dia-a-dia temos possibilidades diferentes para agir. Com mais liberdade e com menos audiência.


Elaine Saad - Gerente Geral da Right Management no Brasil e também coordena os projetos da empresa na América Latina. É atualmente a Vice-Presidente da Diretoria Executiva da ABRH-Nacional para a Gestão 2010-2012.

Fonte:administradores.com.br

terça-feira, 25 de maio de 2010

Vicunha quer se tornar a líder mundial em produção de denim


Vicunha quer se tornar a líder mundial em produção de denim

Ocupando atualmente a quinta posição no ranking dos maiores produtores de denim do mundo, a brasileira Vicunha dá um importante passo rumo a liderança no segmento.

Neste ano foi assinado um Protocolo de Intenções com o governo do Estado do Mato Grosso para a implantação de uma fábrica na cidade de Cuiabá que deve processar 65 mil toneladas de algodão para produzir 72 milhões de metros de tecido de denim. Isso significa um aumento dos atuais 13 milhões de metros de tecido ao mês para 19 milhões ao mês. O investimento será de cerca de R$ 350 milhões e deve gerar aproximadamente 2 mil empregos diretos e 6 mil indiretos na região. A previsão é de que a fábrica entre em operação a partir de 2013.

Com a sua primeira fábrica construída no Ceará, a Vicunha foi uma das apoiadora oficial do Dragão Fashion, o mais importante evento de moda de Fortaleza, que é uma vitrine para os designers da região norte do Brasil. Hoje, a gigante do denim está espalhada pelo Brasil e tem escritórios também na Europa, para melhor atender aos seus clientes internacionais, responsáveis por 30% de toda a produção da companhia.

Apesar da América Latina ser a maior compradora da Vicunha, a companhia tem dois centros de distribuição na Europa: um na Holanda e outro na Suíça, de onde fazem a entrega dos produtos aos seus clientes como Benetton, Diesel, Replay num prazo de apenas 48 horas.

De acordo com Fábio Sandes, coordenador de marketing da empresa, a Vicunha consegue se manter bem posicionada no mercado desde a sua construção, em 1967, porque apresenta importantes diferenciais frente aos seus competidores. Além de focar em um aprofundado trabalho de busca das tendências de moda com um ano de antecedência, produzem um vídeo com o resultado deste trabalho para expor aos cliente de todo o Brasil, fazem uma revista com todas as informações também para dar aos clientes, disponibilizam um extenso arquivos de fotos, apresentam preços competitivos, oferecem equipe de assistência técnica pós-venda, trabalham com estamparia no brim, reciclam 70% de toda a água utilizada nos processos de lavagem do denim e possuem os certificados de qualidade: ISO 9000 e o 14000. “E isso vem de uma empresa familiar, que acima de tudo quer investir e desenvolver o próprio país”, assinala Fábio Sandes.


Fonte:br.fashionmag.com

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Têxtil na recuperação da Bósnia


O sector de vestuário da Bósnia Herzegovina foi apontado num relatório do Banco Mundial como a chave para a recuperação económica do país no pós-guerra, onde se sublinha igualmente o crescimento das exportações de calçado. O relatório declarou que «a reestruturação económica, no que respeita à performance do comércio externo e sua sustentabilidade, começou». As exportações de calçado aumentaram dos 9 milhões de dólares (7,24 milhões de euros) em 2003 para os 94 milhões de dólares em 2007, segundo os dados mais recentes, com a maior parte das vendas direccionadas para a União Europeia. «A emergência de uma indústria de calçado como exportadora em 2007 claramente testemunha o retomar de vantagens competitivas perdidas com a devastação da guerra», indica o relatório. O Banco Mundial acrescenta ainda que os exportadores bósnios para o nicho de vestuário de gama alta foram também bem sucedidos, sendo responsáveis (juntamente com o calçado) por 44% das exportações orientadas para a UE em 2007. A maior produtora de vestuário da Bósnia, a Borac, por exemplo, assegurou recentemente um contrato com a Hugo Boss.





Fonte:portugaltextil.com

Por que é tão difícil fazer um bom guarda-chuva?


Após um temporal, a cena é igual em quase todas as cidades: dezenas de cadáveres de guarda-chuvas quebrados espalhados pelas ruas e calçadas.


Parece que a maioria dos modelos é praticamente incapaz de manter alguém seco na hora daquela corrida até a porta do prédio ou ao carro sem se despedaçar ou - se surge uma ventania - virar do avesso. Os guarda-chuvas já existem há 3.000 anos, afirma a Totes Istoner Corp., maior importadora do produto nos Estados Unidos. Então por que é tão difícil encontrar um decente?


O guarda-chuva é um equipamento surpreendemente complicado: tem mais de 150 peças. E cada uma delas pode quebrar. Os modelos dobráveis que a maioria das pessoas prefere são ainda mais frágeis, já que têm menos peças. Os fabricantes afirmam que enfrentam dificuldades para inovar o produto porque a maioria das pessoas não quer pagar muito por um guarda-chuva.


Agora, muitas empresas estão tentando criar um guarda-chuva melhor - e também convencer as pessoas a pagar um pouco mais. Elas estão experimentando materiais mais resistentes, como fibra de vidro e aço, novos recursos e testes rigorosos em túneis de vento - tubos gigantes geralmente usados em laboratórios de universidades para estudar aerodinâmica e o voo dos pássaros. A maioria dos novos modelos supostamente mais resistentes custa pelo menos US$ 20 nos EUA, onde a média de preço do guarda-chuva é de US$ 6, segundo a firma de pesquisa NPD Group.


Um punhado de empresas tenta até solucionar uma das características mais irritantes dos guarda-chuvas - sua incrível capacidade de sumir. Alguns novos produtos oferecem ofertas incomuns para substituí-los caso sumam. Muita gente não suporta gastar com um objeto que simplesmente será abandonado num táxi, no carro do amigo ou embaixo da mesa do restaurante.


No armazém de 185 metros quadrados da Innoventions Enterprises Ltd., em Farmingdale, Estado de Nova York, Steve Asman, fundador e presidente, testa sua marca de guarda-chuva GustBuster (algo como "à prova de rajadas") com o ventilador gigantesco de um túnel de vento. Numa tarde recente, Asman mostrou como o guarda- chuva resiste ao ventilador, que produz rajadas de até 88 quilômetros por hora. Ele girou o guarda-chuva para que os dois lados da abóboda ficassem de frente para o ventilador. Ela tremeu, mas não partiu. "Isso aqui é aço temperado", disse, apontando para as varetas do guarda- chuva, ou os ligamentos que se estendem pela abóbada. "Vê como não deformam?"


O desenho básico do guarda-chuva não muda há séculos: o cabo, onde as pessoas seguram, é ligado a arames que, quando abertos, ajudam a estender as varetas colocadas ao longo do tecido para criar a copa. Há uma infinidade de rebites para manter tudo junto, assim como molas e arames invisíveis. Os guarda-chuvas com botão de abertura automática também contam com um sistema complexo de roldanas.


O ideal dos guarda-chuvas é um produto pequeno, resistente e dobrável. Os modelos menores geralmente têm três ou quatro ligações por vareta, o que permite dobrá-las. Mas isso cria mais juntas que podem rachar.


Algumas empresas estão adotando a tecnologia desenvolvida inicialmente para guarda-sóis de golfe - cujas abóbodas enormes chegam a 1,5 metro de diâmetro - e adaptando-a para estilos mais compactos. Anos atrás, os projetistas descobriram uma maneira de fortalecer o guarda- sol de golfe com aberturas na copa - ou seja, uma copa em cima da outra, criando uma passagem por onde a pressão do vento que dobraria o guarda-chuva pode ser liberada. Agora várias empresas já lançaram produtos compactos com essas copas. A Totes, por exemplo, tem três modelos com essa inovação.

A Totes também está desenvolvendo guarda-chuvas mais finos e resistentes. Como o uso de peças mais finas de alumínio tornaria a estrutura frágil demais, a Totes começou a usar peças de aço.


Mas alguns concorrentes acham que o aço é material rígido demais. "Se um vento forte aparecer, vai quebrar os rebites", diz Dave Kahng, diretor- presidente da Davek Accessories Inc., uma firma nova-iorquina fundada em 2005. "Se for flexível demais, a copa dobra facilmente." A Davek afirma ter experimentado todo tipo de material, de aço a polímero de carbono, para encontrar a combinação certa. Uma nova versão de seu guarda-chuva Solo, que custa US$ 99 e será lançada em julho, terá fibra de vidro na parte do meio da vareta, que Davek considera mais flexível que alumínio ou aço, de modo que se o guarda-chuva virar do avesso não vai quebrar

domingo, 23 de maio de 2010

Existe comando na gestão descentralizada?


Adotada por renomadas multinacionais, entre elas o Google, a gestão descentralizada muda a forma dos profissionais atuarem e a maneira como se responsabilizam pelas tomadas de decisões e resultados


Durante séculos o mundo corporativo teve de se adaptar às inúmeras mudanças para continuar em pé diante de vários cenários. A diferença com que o empregador passou a enxergar o colaborador também contou pontos às empresas que desejavam se perpetuar. Entretanto, valorizar o profissional e permitir que ele atue com independência e responsabilidade, respondendo por suas decisões, não é possível sem uma pessoa para orientá-los, em determinadas situações. E este papel não é exercido por nenhum chefe, mas sim, por um líder.


Para Tatsumi Roberto Ebina, sócio-diretor e fundador da Muttare, consultoria de gestão, "a função de líder, dentro das organizações que adotaram a gestão descentralizada, é conduzir as pessoas e dar significado ao trabalho desenvolvido por elas. Oferecer aos liderados uma causa e incentivá-los a defender com unhas e dentes suas ações, trará mais confiança ao profissional, que passará a enxergar o trabalho de um modo diferenciado. Contribuindo cada vez mais para o crescimento da empresa".


Exercer a liderança dentro de um grupo vai muito além de manter a reputação e o prestígio com seus liderados. Estimular a equipe a buscar alternativas rápidas para solucionar conflitos e problemas torna a empresa menos vulnerável a crises internas e externas. Ebina acredita "que o tradicional modelo de gestão centralizado adotado pelas empresas, indústrias e organizações nos dias de hoje, afasta o tomador de decisões dos fatos. Com isso, o ambiente interno fica 'distante' e, muitas vezes, prejudica os negócios realizados. Criando certo desconforto ou desmotivando as pessoas envolvidas, além de frustrar os níveis mais baixos que buscam ascensão e motivação, os resultados podem se tornar preocupantes num cenário cada vez mais acirrado".


Muitas empresas multinacionais, como Dell (USA), Google (USA), Novartis (Alemanha) e Toyota (Japão) melhoraram suas performances após mudarem o clássico modelo de 'comando e controle' pela descentralização de gestão. Para o consultor, "este sistema valoriza as pessoas envolvidas, atrai os melhores profissionais da área e dá condições para aprimorarem os desempenhos futuros, já que para se destacar cada vez mais será necessário aprender a trabalhar num cenário de incertezas, assumir riscos e dar respostas rápidas, eficientes e criativas aos desafios de um mundo em permanente mutação".


Substituir burocracia por liderança


Ebina alerta também para um fator que há muitos anos preocupa e aliena muitos jovens que optam pela escolha da profissão na área administrativa, "os conceitos ensinados nas escolas e universidades são baseados em teorias de gestão de mais de um século. Isso prejudica a óptica e a forma com que os futuros profissionais enxergarão as futuras oportunidades. Basta pensarmos na rápida evolução que o mercado exige do profissional e a necessidade que ele se adapte a novos conceitos, teorias, evoluções e modelos de comando".


Alterar uma estrutura organizacional, além de iniciativa, necessita de um conceito fundamental: confiança. "O modelo de gestão descentralizado passa a privilegiar a participação dos colaboradores nas decisões, além de focar no seu aperfeiçoamento e desenvolvimento profissional. Permite atuar com autonomia e responder por suas decisões", conclui o consultor.



Tatsumi Roberto Ebina - sócio-diretor e fundador da Muttare, consultoria de gestão fundada em 2002. Formado em Ciências Sociais e Pedagogia, com pós-graduação em Administração de RH, acumula mais de 30 anos de experiência na área de Gestão e Liderança. Atuou também como executivo em empresas dos setores siderúrgicos, químico, papel e celulose e consultoria.

Fonte:administradores.com.br

Reconhecimento. Ao serviço dos empresários Lusos e Brasileiros...


Em conseqüência do reconhecido trabalho "low profile" que vem realizando através do IBC Investment Business Consulting, empresa de consultoria com foco no desenvolvimento de relações comerciais internacionais com particular incidência nas pequenas e médias empresas dos países de expressão portuguesa e espanhola, Walter Montalvão que é também um dos diretores da Câmara Portuguesa de Comércio no Brasil – BA foi pela primeira vez este ano, convidado a participar do premio TALENTOS do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal e participa pela terceira vez em Lisboa de 8 a 10 de junho, do prêmio Empreendedorismo Inovador na Diáspora Portuguesa, instituído pela Cotec Portugal e apoiado pelo Presidente da República onde será um dos oradores.

http://www.cotecportugal.pt/diaspora/images/stories/programa_encont...


Montalvão, (como gosta de ser chamado), aproveitará o ambiente propício dos dias seguintes, e ficará em Portugal até ao dia 25 de junho para uma série de encontros que propiciarão a empresários e investidores europeus e africanos, o acesso a informações sobre o mercado baiano visando a possibilidade de negócios bilaterais para as empresas interessadas.

A participará ainda nos dias 23 e 24 no "Encontro de Empresários para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa" e certamente trará novidades das intenções comerciáis destes blocos economicos.



Com sua coordenação e apoio da Associação Comercial da Bahia, das Câmaras Portuguesas em Belo Horizonte e no Rio da Janeiro, a AEP Associação Empresarial de Portugal trará ao Brasil de 18 a 26 de julho, um grupo de empresários dos segmentos alimentar, energias alternativas, equipamentos para construção, embalagens, publicidade, merchandising e roupas profissionais entre outros.


A digressão se inicia em Salvador-Ba, com a participação na feira SUPERBAHIA, organizada pela ABASE e ABADE e depois seguirá para Belo Horizonte e Rio de Janeiro onde estes empresários apresentarão seus produtos, procurando importadores e distribuidores e aproveitarão para conhecerão o que estes mercados têm para oferecer.


Esta é uma excelente oportunidade para os empresários dos estados visitados estabelecerem contatos diretos com produtores portugueses.



Montalvão e a ES Brazil do empresário Sergio Schleder, foram os organizador da Missão Empresarial que a prefeita de Barreiras Jusmari Oliveira levou a Portugal em julho de 2009, e mostrando o potencial da região, visitou18 Municípios e teve 23 reuniões e encontros com empresários, autarcas e políticos das regiões visitadas.



Para maiores esclarecimentos, os contatos podem ser feitos através dos telefones (5571) 9123 9482, 3351 7828, Skype: wmontalvao

E-mail: wmontalvao@ibconsult.com.br








Modelo 'plus size' ganha espaço na moda


Manequins acima de 40 e quadris com mais de 90 cm recheiam revistas e editoriais


Paulo Sampaio, de O Estado de S. Paulo - O Estado de S.Paulo
Um metro e setenta e quatro de altura, 68 quilos, 98 centímetros de quadril. A dona das medidas já foi chamada de gorda, inadequada e, algumas vezes, despachada de editoriais de moda por não entrar em um jeans tamanho 38. "Ficava arrasada, chorava, mas não queria voltar para Jundiaí", diz a modelo Stefanie Medeiros, de 18 anos, que já tomou muito chá de cadeira na agência Ford Models, esperando aparecer trabalho.


Ultimamente, ela está mais alegrinha. Depois de passar a adolescência tomando shakes dietéticos no café da manhã ("e mais nada no resto do dia") e ainda se submeter a uma lipoaspiração entre o busto e o joelho que sugou três litros de gordura ("recuperei tudo"), ela agora integra um departamento da agência chamado Ford +, criado recentemente para abrigar as "fora de medida".

Segundo a vice-presidente da Ford, Denise Céspedes, o departamento ainda está em teste. "As pessoas resistem a escalar modelos "plus size". Elas deixam de trabalhar por causa de seis, sete centímetros", diz Denise, que já trabalha com 15 meninas no Ford + (três brasileiras). Mesmo fora do Brasil, as "plus size" não costumam desfilar - são escaladas para publicidade e editoriais. "Plus size" é um eufemismo para quem veste manequim acima de 40.

Ao que tudo indica, tão cedo a Ford não vai ter concorrentes. As agências do mesmo tamanho não pretendem entrar nesse mercado. "Não temos "gostosas" em nossa cartela de modelos. Trabalhamos com rostos diferentes, não necessariamente bonitos", diz Márcio Garcez, da Way, agência de 80 entre 100 modelos que desfilam na São Paulo Fashion Week. "Gordinha não tem de desfilar, tem de ir para a academia malhar", afirma Eli Hadid, da Mega.

Quatro das seis fotos destas páginas são de "gordinhas" que posaram para editoriais de moda em revistas tão bombadas quanto Vogue Itália, V e Glamour. Para a moda, a medida mais importante, depois da altura, é o quadril. Tem de medir entre 89 cm e 90 cm. No Ford +, dá para ser maiorzinha.

Biquíni. Gary Dakin, há 14 anos no mercado americano de modelos "plus size", diz que levou tempo até conseguir emplacar seu time. "Eu tinha de acompanhar as meninas nos trabalhos. Se elas fossem sozinhas, os produtores ligavam, dizendo: "Você mandou uma gorda!" Foi preciso aparecer uma modelo como a Crystal (no alto da página, de biquíni roxo) para o mercado acreditar que poderia dar certo."

Crystal Renn, hoje manequim 42, passou anos tentando perder 22 centímetros de quadril - tornou-se, até mesmo, anoréxica. Crystal conta que, quando tinha 16 anos, seu agente garantiu que ela poderia ficar igual à modelo da foto, mostrando uma revista com Gisele Bündchen.

Acima do peso. Existem no Brasil cerca de 40 milhões de adultos acima do peso, de acordo com o último censo do IBGE. Eles têm um Índice de Massa Corporal (IMC) maior que 25, parâmetro estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O IMC é calculado dividindo-se o peso pelo quadrado da altura.

O da modelo potiguar Flúvia Lacerda, de 29 anos, a primeira GG a bater o bumbo no Brasil, é.... difícil calcular, já que ela não revela o peso. Digamos que tenha 85 kg (para 1,74 m); seu IMC seria 28.

É a segunda visita profissional de Flúvia ao Brasil. Na primeira, há cerca de um ano, ela diz que as pessoas reagiam incrédulas quando abria seu book. "Não existe uma formalidade no trabalho com plus size aqui. Então, a menina trabalha como atendente de telemarketing durante a semana e ganha R$ 300 para fazer uma foto no sábado. O fotógrafo é o vizinho dela, sabe?"

Apesar de não revelar quantos quilos tem, Flúvia afirma que vive bem com eles. "Se fico dizendo "Ah, meu Deus, como eu tô gorda!", isso vai aparecer na foto."

Denise Céspedes diz que recebeu fotos de quase 1.100 candidatas, desde que divulgou o Ford+. Ela não deixou publicá-las. "Preciso conversar com uma por uma, é um assunto delicado."

Finda a sessão de fotos, Stefanie caminha pelas dependências da agência com um sapato salto 15, que ela carrega com os pés, como se fosse uma menina brincando com a roupa da mãe. Para quem está de passagem, aquilo parece não ter muito sentido. Se tivesse escolhido ser biblioteconomista, engenheira, ou qualquer profissão que não exigisse dela um quadril de 90 cm, muito provavelmente seria a mulher mais bonita do escritório, da empresa, do prédio, da rua toda. Em tempo: pouco antes do fechamento desta reportagem, Stefanie foi "bookada" em Nova York. Voaria para lá ainda no fim de semana.


Fonte:estadao.com.br/estadaodehoje

Brasileiro é um dos mais preocupados com crescimento profissional


Estudo revela que planos de carreira e benefícios extras são mais valorizados aqui do que em outros países


Quando a questão é avaliar a permanência ou não em uma empresa, o profissional brasileiro está entre os mais exigentes do mundo. Essa foi à conclusão do estudo realizada pela Robert Half, empresa internacional em recrutamento.


Realizada em treze países, mais de três mil profissionais de média e alta gerência participantes do estudo tiveram que assinalar os tópicos que consideravam relevantes para sua permanência na empresa.

No Brasil, apesar de aumento de salário aparecer em primeiro lugar como item mais relevante para permanência dos profissionais na empresa (56% das respostas), os brasileiros mostraram estar mais preocupados com o desenvolvimento profissional do que seus colegas estrangeiros. Ter um plano de carreira bem definido foi apontado por 39% dos executivos do país como um dos fatores primordiais para permanecer na empresa. Nesse tópico, o Brasil obteve o maior índice entre os países pesquisados.

Além disso, outros fatores foram levados em consideração pelo profissional brasileiro, entre os mais indicados estavam os benefícios extras (50%), horários flexíveis (43%) e treinamento (40%).


Nos outros países, a questão salarial também foi apontada como fator decisivo. Na França, 63% dos entrevistados responderam ser um fator importante para sua permanência na empresa. Já na Espanha e Itália, esse percentual ficou em 58%.


Reconhecimento das empresas


As companhias brasileiras também parecem reconhecer o crescimento profissional como atrativo para reter o funcionário. Um plano de carreira claro foi apontado por 37% das nossas empresas, contra 26% na Espanha, 25% na Irlanda e 22% na Itália. Aqui o aumento salarial aparece apenas em sétimo lugar (19%), mostrando que, para aqueles responsáveis pela contratação, mais importante que pagar bem é garantir a qualificação e o estímulo ao empregado. "As empresas tendem a reter seus colaboradores com ferramentas que trazem um valor agregado para elas", diz Fabio Saad, gerente da divisão de Mercado Financeiro da Robert Half.


A pesquisa ouviu executivos de média e alta gerência da Áustria, Bélgica, Brasil, República Tcheca, Dubai, França, Alemanha, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Espanha, Suíça e Holanda. As entrevistas foram realizadas no primeiro trimestre do ano. No Brasil, foram ouvidas 227 pessoas.


Fonte:administradores.com.br

Lupo se aventura no mundo dos esportes


Tradicional fabricante de meias, a Lupo decidiu, nos anos 90, começar a diversificar a linha de produtos. Foi assim que lingeries, pijamas e cuecas entraram no portfólio. Agora, a empresa se prepara para brigar em um setor dominado por gigantes internacionais: o mercado de artigos esportivos. Em agosto, a companhia vai lançar a SportLupo, marca com 35 itens, como shorts, tops, camisetas, agasalhos, mochilas, bonés e - naturalmente - meias.


Para dar visibilidade à nova linha, a Lupo vai investir R$ 5 milhões na campanha de lançamento. A companhia pretende vender os novos produtos aos 35 mil lojistas que já atende no País. As 175 lojas próprias também vão comercializar parte da linha. Mas como as unidades são pequenas para abrigar todo o mix de esportes, a empresa planeja abrir lojas da SportLupo a partir do primeiro trimestre do ano que vem.

O preço é parte importante da estratégia para conquistar mercado. "Nossos produtos serão 15% a 20% mais baratos que os similares internacionais", diz Valquírio Cabral Júnior, diretor comercial da companhia. Boa parte da nova linha será produzida na fábrica da empresa, em Araraquara (SP). Tops e camisetas, por exemplo, sairão das máquinas para confecção sem costura, que já produzem roupa íntima. Outros itens serão terceirizados ou importados, caso das mochilas. A projeção de faturamento com a SportLupo é de R$ 40 milhões em 2011, cerca de 8% das vendas totais.

Para Liliana Aufiero, presidente da Lupo desde 1993 e neta do fundador, lançar novos produtos com frequência é uma imposição do mercado. "Na época do meu avô, esperava-se as novidades chegarem da Itália de navio. Hoje, o mundo é outro, tudo evolui rapidamente, e as coleções precisam acompanhar", afirma.

Para ela, o investimento em artigos esportivos é ainda uma oportunidade de "rejuvenescer" a marca criada há quase 90 anos. A empresa cogitou lançar os artigos esportivos com uma marca diferente - tinha na manga o nome Walk, que batiza uma linha de meia esportivas -, mas optou por apostar suas fichas na tradição. "Foi uma decisão apostar na Lupo. Vamos buscar manter nossa tradição de qualidade e preço e, ao mesmo tempo, estar na moda e oferecer o produto adequado", diz Liliana.

Na visão de Marcos Machado, diretor da consultoria Top Brands, há riscos envolvidos na empreitada da Lupo, uma vez que o consumo de produtos esportivos, especialmente de marcas como Nike, Adidas e Puma, envolve mais do que a qualidade. "Existe um código emocional. A imagem de qualidade em um setor não é necessariamente passaporte para o sucesso em outro", diz o especialista. Machado afirma, porém, que o preço pode ser uma forma de posicionar a Lupo no setor esportivo. "Qualidade em si não vende. É preciso construir um ponto de diferencial."

Olho no futebol. Para ganhar visibilidade, a Lupo também aposta em patrocínios e fornecimento de material a times de futebol: hoje, jogadores de clubes como Guarani, Náutico e São Caetano usam SportLupo da cabeça aos pés. A estratégia foi iniciada pela agremiação da cidade da empresa, a Ferroviária de Araraquara.

Para Eduardo Corch, diretor de planejamento da Off Field, agência de promoção especializada em futebol, a disputa pelo patrocínio de times é forte entre as marcas esportivas e é uma boa oportunidade para as companhias nacionais. Dentro dessa tendência, ele cita o caso da Olympikus, da Vulcabrás, que fornece material para o Flamengo, tendo desbancado a norte-americana Nike na renegociação do contrato, em 2008./ F.S.

Fonte:estadao.com.br

sábado, 22 de maio de 2010

Döhler investe na produção verticalizada em Joinville


Em um cenário de recuperação de receitas do setor têxtil e certa reserva a grandes investimentos, a Döhler, de Joinville, prepara-se para aumentar a capacidade de produção. Até 2015, a empresa quer passar a fabricar duas mil toneladas por mês, um incremento de mais de 40% sobre as 1,15 mil toneladas produzidas hoje. "Estou deixando de atender aos pedidos de clientes por falta de condições de produzir", diz Carlos Alexandre Döhler, diretor comercial da empresa.

Nos planos da companhia, uma das maiores fabricantes de cama, mesa e banho, está a construção de três novos prédios anexos à planta industrial - uma tinturaria, uma fiação e uma tecelagem. Segundo Döhler, a tinturaria é a obra mais urgente e deve ser iniciada ainda este ano. "Estamos em fase de aprovação de licenciamento ambiental", conta. O diretor não fala em valor global de investimento, mas conta que R$ 20 milhões já estão aprovados pelo conselho de administração este ano. O aumento da capacidade visa atender a demanda dos próximos oito anos.

A produção de fios também irá crescer. Desde 1973, a Döhler mantém a Comfio, uma empresa de fiação própria, que produz cerca de 800 toneladas por mês. Cerca de 140 toneladas mensais são compradas de outros fornecedores para atender à fabricação de toalhas e roupões. Com a nova unidade, a capacidade de produção de fios da Döhler vai subir 1,5 mil toneladas. "Mas isso vai ser implementado de forma gradual, conforme sentirmos a necessidade de demanda", diz.

O investimento chega depois de um ciclo de otimização da produção na empresa, com revisão de processos de fabricação, de estrutura de vendas e adoção de lean manufacturing (sistema de otimização de processos). Döhler diz que essa reforma já teve impactos positivos na redução de custos, mas não revela o quanto isso contribuiu em valores para a recuperação dos resultados financeiros da empresa.

O balanço do primeiro trimestre trouxe novo ânimo para a companhia. "Queríamos um resultado de 6% de lucro sobre o faturamento e atingimos 7,1%. Superamos o nosso objetivo e ficamos muito satisfeitos com isso", disse Döhler.

A empresa, que faturou R$ 247 milhões em 2009, planeja crescer 29% em 2010. Parte inicial dessa meta já foi cumprida: no primeiro trimestre desse ano, as vendas no mercado nacional evoluíram 34% em relação ao mesmo período do ano passado.

No primeiro trimestre do ano, a Döhler, que tem 2,7 mil funcionários e deve completar 129 anos no final de 2010, alcançou R$ 70,9 milhões em receita bruta. Trata-se de um crescimento de 25% sobre os R$ 52,7 milhões do mesmo período de 2009. O trimestre também trouxe de crescimento de resultados: lucro de R$ 4 milhões frente ao prejuízo de R$ 1 milhão nos primeiros três meses do ano passado.

Apesar do otimismo com as vendas para o mercado interno, Döhler não descarta atender às exportações com a produção ampliada a partir de investimentos. "Tivemos um crescimento de 21% nas vendas para Estados Unidos, Ásia e Europa neste primeiro trimestre em comparação com o ano passado", diz. Apesar disso, as vendas externas mantêm uma participação pequena do faturamento da companhia, próximo a 10% do total.

Fonte:ValorEconomico

Riachuelo muda e se aproxima da Renner


Rede de varejo começa a colher os frutos de uma revolução iniciada quatro anos atrás
Ao escutar uma conversa entre adolescentes que matavam tempo entre as araras de uma das unidades da sua rede, o presidente da Riachuelo, Flávio Rocha, fez um duro diagnóstico sobre o negócio: era hora de revolucionar a marca. Para aprender a falar a língua dos jovens, que achavam que a loja tinha a cara das suas mães, a empresa passou por uma transformação nos últimos quatro anos: mudou o mix das lojas, o modelo de produção e a estratégia de comunicação para, nas palavras do executivo, perder a "timidez" crônica de que sofria. Tudo isso sem se afastar do seu público: as classes C e D.


A empresa, do Grupo Guararapes, pagou um preço alto pela mudança de identidade. Nos primeiros anos, cresceu abaixo do ritmo de uma das suas principais concorrentes, a Renner. Mas, agora, sua estratégia começa a dar sinais de acerto. Em 2009, a Riachuelo se aproximou da Renner em faturamento, número de lojas e cresceu em ritmo mais acelerado. A C&A, embora não divulgue oficialmente seus números, ainda é líder no setor.

Segundo Rocha, a ala de moda jovem das lojas cresce 50% acima da média do resto da empresa. O balanço de 2009 mostrou que a empresa faturou R$ 1,9 bilhão, contra R$ 2,1 bilhões da Renner. Enquanto a concorrente teve alta de 8,2% no faturamento sobre 2008, a Riachuelo viu suas vendas engordarem em 8,9%. No primeiro trimestre deste ano, a Renner faturou R$ 440,2 milhões, enquanto a receita do braço de varejo da Guararapes somou R$ 382,6 milhões.

As duas empresas disputam o segundo lugar no mercado brasileiro de confecções - a Renner tinha 5,4% do mercado de roupas e calçados no Brasil no ano passado, segundo a consultoria Euromonitor, enquanto a Riachuelo aparecia com 5,2% (veja quadro nesta página). "No verão, vamos melhor. No inverno, perdemos espaço", resume Flávio Rocha.

Riscos. A guinada em uma estratégia que tinha resultados sólidos, porém pouco espetaculares, não veio sem reveses: enquanto lutava para construir uma nova identidade, a Riachuelo se viu obrigada a abrir mão de parte de seu público mais fiel, que passou a encontrar uma loja cada vez mais diferente do padrão a que havia sido acostumado durante muitos anos.

Segundo o consultor em varejo Eugênio Foganholo, a Riachuelo costumava "navegar quase sozinha" em um nicho de mercado confortável: o oferecimento de soluções para a mulher, o marido, os filhos e a casa. "Isso era muito forte. Houve uma mudança de proposta e de conceito, para um produto com mais informação de moda, para atrair o público final, e não só as mães, para a loja. A empresa mudou e perdeu um cliente fiel, que em parte migrou para a Marisa. É um processo em andamento", avalia.

Cartão de crédito. As estratégias de Renner e Riachuelo constantemente se esbarram: no mês de junho, ambas lançam as versões de seus cartões de loja com as bandeiras Visa e Mastercard. As duas redes dizem esperar emitir 1 milhão de plásticos nos primeiros 12 meses da nova operação. Segundo José Antônio Rodrigues, diretor de crédito da Midway, financeira da Riachuelo, o novo cartão vai acompanhar uma mudança de direcionamento das classes C e D. "Antes, as pessoas queriam ter tantos cartões quanto podiam, para provar que conseguiam crédito. Agora, descobriram a comodidade de concentrar tudo em um ou dois cartões."

Embora as duas disputem o mesmo mercado, há diferenças entre elas. A Riachuelo briga pelo consumidor "emergente" das classes C e D. Já a Renner mira o estrato mais abastado desse público, com renda familiar mensal por volta de R$ 4 mil. "Atendemos as classes A+, B e C-", explica o presidente da Renner, José Galló. O perfil de cada uma se reflete em uma tímida diferença no tíquete médio das empresas: enquanto o cliente da Renner gasta, em média, R$ 120 toda a vez que visita a loja, o da Riachuelo leva R$ 109 em produtos.

Verticalização. Para mudar a imagem da Riachuelo, a empresa optou por olhar para os primeiros elos da cadeia produtiva: a concepção e a produção das roupas. Com duas fábricas no Ceará e no Rio Grande do Norte, o Grupo Guararapes decidiu se espelhar no modelo da espanhola Zara e da sueca H&M: verticalizou a produção de roupas de suas fábricas para que a Riachuelo concentrasse 100% dos pedidos. No início da década, a rede respondia por apenas 20% das vendas. O restante, como ocorre na Renner e na C&A, era fabricado por uma série de fornecedores terceirizados.

Entretanto, a opção de produzir tudo em casa exigiu que a empresa enfrentasse um fantasma do passado. Em 1979, logo após a compra da Lojas Riachuelo, o Grupo Guararapes testou o modelo de produção em cadeia semelhante ao adotado nos últimos anos. O resultado foi desastroso: "Não havia tecnologia para isso, não tinha nem código de barras para organizar os produtos", lembra Flávio Rocha. Apesar da experiência negativa, a retomada do projeto teve apoio de Nevaldo Rocha, fundador do grupo e pai de Flávio. "Ele foi mentor e entusiasta da ideia."

A opção pela fabricação 100% própria, conta o presidente da Riachuelo, foi chave para garantir a agilidade exigida pelo segmento "fast fashion", em que as peças das lojas precisam ser trocadas em questão de semanas. "Houve um momento de perda de competitividade, quando ficou mais caro produzir na Guararapes do que em terceiros. Mas já estamos colhendo os frutos da mudança radical. Hoje, consigo competir no preço, desde que o dólar esteja acima de R$ 1,70", diz Flávio Rocha.

Atualmente, 80% das 16,5 milhões de pessoas que detêm o cartão Riachuelo ganham menos de R$ 1.000 por mês. Ainda que a renda não permita consumir a moda tradicional, Rocha afirma que esse público está mais exigente, já que sua importância relativa para a economia aumentou: "Antes a necessidade básica era cobrir o corpo. Agora, com o acesso à informação, especialmente pela internet e pela televisão, essas pessoas têm o desejo de se expressar através da roupa. É aí que nós entramos."

Pool. O escritório de Rocha na sede da Riachuelo em São Paulo reflete o gosto do empresário por tecnologia. O computador pessoal do executivo tem uma tela gigante de LCD. Um iPad desligado repousa sobre a mesa. A principal peça de decoração é um quadro que relaciona o rosto do piloto Ayrton Senna à marca de moda jovem da empresa, a Pool - nos anos 80, ela foi uma das patrocinadoras do piloto.

Rocha também mantém à vista várias cópias do livro Isn"t It Obvious: A Business Novel on Retailing (Não é Óbvio? Um Romance sobre o Varejo), que conta a história de um negócio familiar que cresce depois de uma mudança radical. Feita a reinvenção na Riachuelo, o empresário agora se dedica a um novo projeto: criar uma grande marca de moda nacional. "Não há uma empresa de roupas entre as 100 maiores marcas brasileiras. Nos Estados Unidos, são 18. Na França, 30. Há uma enorme oportunidade."

É justamente este vácuo que a Pool pretende ocupar. Associada a jeans e camisas polo nos anos 80, a marca saiu do limbo nos últimos anos. Ganhou coleção feminina, estratégia de marketing própria e mais espaço dentro da Riachuelo. Agora, prepara-se para alçar voo solo no varejo: o grupo prevê a abertura das primeiras lojas Pool até o fim de 2011. A iniciativa testará a força da Guararapes em um mercado de produtos de maior valor agregado para o público jovem, batendo de frente com a Hering. "Temos de retomar o prestígio que a Pool já teve."

Apesar de o mercado de lojas de departamento já procurar espaços mais compactos, Rocha diz que a Riachuelo ainda prioriza os shopping centers, especialmente nos grandes centros do Sul e do Sudeste - assim, a rede reforça o caixa com as vendas de inverno, reduzindo uma de suas deficiências, já que hoje 60% de seus negócios estão nas regiões mais quentes do Brasil.

Para abrigar os 58 microdepartamentos de moda feminina, masculina, infantil e artigos para casa, o formato ideal é de lojas de 4 mil metros quadrados de área. A empresa busca opções compactas, de cerca de um terço do tamanho tradicional, somente em cidades com menos de 500 mil habitantes, caso de uma unidade-piloto em Mossoró (RN).


Na ponta do lápis


A Riachuelo, em números:

50 mil é a quantidade de funcionários do Grupo Guararapes, incluindo os temporários de fim de ano

57% das vendas da Riachuelo são pagas com o cartão da loja

110 milhões de peças de roupas são destinadas às araras da Riachuelo todos os anos



Fonte:estadao.com.br

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Fábricas da China migram para vizinhos


Enquanto os custos aumentavam em Taiwan duas décadas atrás, Ben Fan mudou sua fábrica de lâmpadas para a China, para aproveitar a mão de obra barata do país. Agora, com os salários chineses em alta, ele está de mudança novamente. "É a mesma coisa que aconteceu em Taiwan", diz Fan, presidente do conselho de administração da Neo-Neon Holdings, que vende lâmpadas e luminárias para grandes grupos varejistas ocidentais como a Home Depot, Target e Walmart. "Os chineses não querem mais trabalhar em fábricas."

Fan está ampliando sua fábrica no Vietnã, onde os salários estão na casa de US$ 100 por mês, um terço dos salários pagos na China. Ele pretende transferir 85% de sua produção para o país e até dezembro terá 8 mil funcionários no Vietnã - contra 300 um ano atrás - e apenas 5 mil na China, contra 25 mil em 2008.

Nos últimos dois anos, milhões de empregos foram transferidos para o interior da China e outros países da Ásia, em iniciativas dos donos de empresas para reduzir os custos. Em Guangdong, a principal Província exportadora da China, os salários quase dobraram nos últimos três anos, e mais de metade das fábricas não conseguem encontrar funcionários em números suficientes. A quantidade de migrantes que se dirigiram para as Províncias costeiras para trabalhar caiu 9% no ano passado, para 91 milhões. "E essa falta de mão de obra tende a piorar", diz Willy Lin, presidente do conselho de administração do Textile Council de Hong Kong, uma associação comercial.

Os donos de empresas queixam-se que os salários maiores estão acabando com os lucros, especialmente porque seus clientes continuam apertando-os para que eles reduzam seus preços. "A Walmart não vai nos pagar mais", afirma Poh-Heng Toh, gerente-geral da fabricante de ursos de pelúcia Lovely Criations. Outra fornecedora da Walmart, a fabricante de joias Profit Grand, reduziu seu staff de 600 pessoas para 450, em grande parte porque não consegue encontrar trabalhadores para os salários que está disposta a pagar, segundo afirma o presidente do conselho de administração, Hsu Chi Lin. Hsu diz que os salários subiram de 2% dos custos totais há cerca de uma década, para os atuais 12%, enquanto as margens líquidas caíram de 15% para cerca de 8%. Os donos de fábricas também estão preocupados com a possível valorização da moeda chinesa. O yuan acumula um ganho de 21% em relação ao dólar desde 2005, e muitos economistas acreditam que ele vai subir mais 5% este ano.

Embora o crescimento da China - 11,9% no primeiro trimestre - seja um fator na falta de mão de obra, o problema não vai desaparecer se a economia esfriar. A política de filho único do país significa que um número menor de pessoas está entrando no mercado de trabalho. Isenções fiscais para agricultores e subsídios para companhias que estão se estabelecendo no interior, vêm permitindo a mais pessoas encontrar trabalho perto de caso. E um setor de serviços em crescimento significa que mais oportunidades estão surgindo além dos portões das fábricas. "A geração mais nova está tentando conseguir trabalhos mais fáceis - servindo mesas em restaurantes ou trabalhando em supermercados", afirma Charles Yang, gerente-geral da Apache Footwear, empresa que fabrica calçados para a Adidas.

Muitas companhias estão encontrando meios de reduzir os custos. A gigante dos produtos eletrônicos Foxconn Technology, que fabrica iPhones para a Apple e celulares para a Motorola, abriu novas fábricas no norte e oeste da China, longe de sua base que fica próxima de Hong Kong. A Apache transferiu tarefas mais simples, como as costuras da parte superior de tênis, de Guangdong para fábricas do interior que pagam salários menores. A Apache também está ampliando uma fábrica em Chenrai, Índia, que estará produzindo pelo menos metade de seus calçados em cinco anos. A força de trabalho chinesa da companhia em breve será inferior a 10 mil, contra 18 mil funcionários dois anos atrás, segundo o gerente-geral Yang. "Estamos apertando o cinto até não poder mais para tirar mais do sistema", diz ele.

Ninguém espera o desaparecimento do setor industrial das áreas litorâneas da China. As redes de fornecedores para setores que vão do têxtil ao eletrônico - fabricantes de botões, zíperes, fios, conectores e coisas do gênero - não podem ser copiadas facilmente em outros países. Muitas companhias pretendem manter os trabalhos mais sofisticados na China oriental, transferindo tarefas mais básicas para outros lugares. A Neo-Neon, por exemplo, espera aumentar sua produção de iluminação por LEDs na China, mesmo ampliando seus negócios no Vietnã. Hoje, os trabalhadores chineses "querem empregos fáceis e bem remunerados", diz Fan. "Podemos dar isso a eles se começarmos a fazer produtos mais caros e de margens de lucro maiores."


Fonte:ValorEconomico!

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Deixe de ser “um” profissional para ser “o” profissional


Uma vez em que grande parte dos candidatos possui as condições mínimas e obrigatórias em uma seleção, o que leva o gestor a escolher entre um e outro?
Por Renato Grinberg

Em nosso país 1,7 milhão de pessoas economicamente ativas estão desempregadas nas regiões metropolitanas, onde o IBGE faz a medição de seus índices. Com tantos concorrentes assim, a pergunta que fica no ar é como destacar-se no mercado para conseguir a tão almejada oportunidade de emprego?


Uma vez em que grande parte dos candidatos possui as condições mínimas e obrigatórias, o que leva o gestor a escolher entre um e outro? Para essa tarefa, geralmente, o recrutador vai além da seleção objetiva e passa a analisar os diferenciais de cada pessoa. Isso implica dizer que a empresa está interessada também nas características comportamentais deste futuro profissional, buscando encontrar no processo seletivo atos que revelem detalhes sobre sua maneira de agir e pensar.


Entre os aspectos mais avaliados em uma seletiva estão a capacidade de desenvolver trabalhos em equipe, o interesse em manter relacionamentos interpessoais harmoniosos, autoconfiança, competências para ser um bom líder e promover ações que demonstrem proatividade.


Se você possui todas essas características, além outras positivas, parabéns! Provavelmente, estará um passo à frente dos demais interessados na vaga, mas precisa saber comunicar isso ao avaliador. Caso se considere frágil em um determinado ponto importante para o desenvolvimento de sua carreira, não entre em crise. Nunca é tarde para promover o crescimento pessoal e reconhecer seus pontos fracos é o primeiro passo para a criação de um bom planejamento de recuperação.


Esse tipo de análise pode ser feita de diversas maneiras. Uma delas é o método de perguntas e respostas, comum na grande maioria das entrevistas, para que você diga quais são suas características positivas e as que precisa melhorar. Neste caso, não será avaliado apenas a sua resposta, mas a sinceridade transmitida e sua explicação. Outro forma de desvendar o comportamento do candidato é a dinâmica de grupo, muito utilizada para avaliar a maneira de agir das pessoas em uma determinada situação. É neste momento que sua personalidade virá à tona e, por isso, mantenha a calma e saiba mostrar o melhor de si.


Os projetos pessoais também servem como fonte para a conclusão do recrutador. A realização de trabalhos temporários ou voluntários é um importante indicador sobre o perfil do candidato. Mas lembre-se: caso esse tema não faça parte da entrevista, ele poderá passar despercebido. Sendo assim, aproveite a melhor oportunidade e apresente suas ações em prol do outro e da sociedade.


Atualmente, ao contrário do que muitos pensam, as experiências anteriores não são o ponto mais importante para a tomada de decisão. Muitas vezes, dependendo do cargo e das tarefas a serem cumpridas, é mais válido contratar alguém que não tenha tido contato com a área, mas que, por exemplo, demonstre vontade de trabalhar e boa capacidade de aprender, ou seja, que apresente as características comportamentais desejadas pela empresa.


Caso queira conquistar uma nova oportunidade de emprego, avalie todas essas questões e reflita quais são seus pontos positivos e o que ainda precisa desenvolver. Como qualquer empresa que deseja se manter bem sucedida no mercado onde atua jamais deixa de buscar a excelência para continuar na frente da concorrência, você também deve sempre buscar seu aprimoramento pessoal e profissional.




Renato Grinberg é diretor Geral do portal de empregos Trabalhando.com.br e especialista em carreiras e mercado de trabalho. Grinberg desenvolveu sólida carreira internacional, tendo trabalhado em empresas como a Sony Pictures e a Warner Bros., nos EUA.

Fonte:administradores.com.br