sábado, 7 de agosto de 2010

Como enfrentar a concorrência chinesa?


Este artigo auxilia as organizações brasileiras a como se estruturar para enfrentar a concorrência chinesa, deixando claro quais são os pontos fortes e fracos desse grande concorrente e principalmente aponta as estratégias que uma empresa brasileira pode utilizar para permanecer firme no mercado.


No mundo globalizado com forte concorrência internacional, é muito comum surgir na mente dos empresários brasileiros pensamentos como: "o que fazer para vencer a concorrência chinesa?", "Está na hora de internacionalizar a minha empresa?" "Devo importar?", "Devo exportar?", entre outros questionamentos que fogem a rotina de boa parte das empresas brasileiras. A solução está mais próxima do se pode imaginar e os desafios muitas vezes não são grandes muralhas a serem quebradas, porém para empresas de determinado segmentos pode ser que seja necessário uma forte mudança estratégica e algumas vezes até mesmo de segmento.


Já foi quebrado o paradigma de que na China não há produtos de qualidade, pois se ela for solicitada será entregue, já é sabido também que as empresas asiáticas são especializadas em produção em escala, ou seja, grande volume e é nesse momento que surge a solução para o questionamento das empresas brasileiras e de todos os pontos do mundo que sofrem com a concorrência chinesa.


Valor agregado


Valor agregado é a maneira mais eficaz de se enfrentar as empresas asiáticas, não é uma tarefa das mais fáceis e está se tornando um desafio para os empreendedores, gerentes marketing e consultores do segmento. Agregar valor pode modificar toda a forma de pensar e agir da empresa, pois toca no íntimo de cada organização que é o seu negócio e muitas vezes, é difícil para o empreendedor entender que chegou à hora de mudar, mesmo que o negócio vem gerando bons resultados ao longo dos anos, para isso é necessário ter uma visão futurista, ou simplesmente acompanhar as notícias e eventos do segmento e perceber que a presença dos chineses que antes eram mínimas e despercebidas, lá no último corredor da feira de negócios, agora já é marcante, com muita cor, brilho e som, muitas vezes apoiadas por grandes distribuidores nacionais.


Para entender como agregar valor será o grande diferencial para vencer a concorrência chinesa é preciso fazer uma simples análise dos pontos fortes e fracos (SWOT) da cultura e capacidade de produção brasileira com a chinesa.


A característica que mais de destaca entre empresas chinesas é a forte capacidade de produção em escala, produzindo, por exemplo, calças jeans com qualidade e velocidade incrível, porém o fará com um corte básico, sem detalhes em acabamento cor e curvas. Agora, o Brasil já é conhecido internacionalmente por produzir itens extremamente peculiares com alto valor agregado, dessa forma, o que uma confecção brasileira deve fazer para vencer a concorrência? Investir em diferenciais competitivos, ou seja, diferenciais que as indústrias chinesas não consigam produzir em escala, isto é, cortes arrojados, desenhos sofisticados, acabamento de primeira linha e demais detalhes que podem ser percebidos pelo consumidor e conseqüentemente ter o valor agregado identificado. Não é uma tarefa fácil, mas é eficaz e não colocará a empresa diante dos preços chineses, situação essa que vem a cabeça dos empreendedores brasileiros diariamente. Estimular a criatividade pode ser um bom caminho, mas o sucesso dessa tática dependerá do grau de maturidade existente dentro da empresa, pois no caso de uma empresa imatura esse incentivo pode ser percebido de forma distorcida.


É Justamente por isso que para algumas empresas será necessário reestruturar o seu negócio, uma confecção que produz calças Jeans básicas no Brasil, se não repensar seu negócio poderá ter problemas com a concorrência chinesa, o trabalho será mais árduo do que uma empresa que produz calça jeans com corte personalizado. Essa é uma analogia feita em um determinado segmento que respeitando suas devidas proporções pode ser feita em qualquer segmento e assim posiciona o empresário qual o grau de risco que ele corre e a urgência de um plano de ação caso necessário.


Por Diogo Freitas

Administrador em Comércio Exterior

MBA em Gestão Estratégica de Projetos

Diretro Executivo da Empresa Atus Negócios Internacionais e Consultoria Ltda

www.atusconsultoria.com.br

atus@atusconsultoria.com.br


Fonte:administradores.com.br

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