quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Coteminas planeja nova rede de varejo

A Springs Global, grupo têxtil que controla a Coteminas e a rede varejista MMartan no segmento de cama, mesa e banho, quer avançar sua atuação até o consumidor final, dentro de uma estratégia de integrar cada vez mais a atividade industrial ao varejo. Ontem, o presidente da companhia, Josué Gomes da Silva, informou que o próximo passo nesse caminho é a criação de uma nova bandeira, a Casa Moysés, em 2011. Hoje, a Casa Moysés, é apenas um "cantinho" dentro da rede MMartan.

O empresário, que falou durante conferência com analistas de mercado, não revelou montante de investimento para a operação. Segundo ele, trata-se de uma projeto importante que tem potencial para abranger de 50 a 100 lojas. "A rede Casa Moysés será voltada para um público consumidor A1 e AA, com elevado poder de consumo", afirmou.

Gomes informou que a bandeira Casa Moysés vai concorrer com redes sofisticadas como Trousseau e Paola da Vinci. "Seu padrão será acima do de Le Lis Blanc, enquanto o da MMartan fica logo abaixo". Como vantagem, destacou, a nova rede trará três marcas que são comercializadas pela Springs Global nos Estados Unidos: uma delas é a Court of Versailles.

"Temos condições únicas de fazer isso, pois contamos na subsidiária americana com portfólio de marcas, design e escala".

O presidente da Springs destacou que a nova bandeira sai da sombra da MMartan, adquirida em maio do ano passado, num momento em que a rede-mãe também está em ampla expansão. "A MMartan tem potencial para alcançar 250 lojas no futuro", informou. Na época da aquisição, tinha 71 lojas: no fim de setembro fechou com 121 e a previsão é encerrar o ano com 139. Para o próximo ano está prevista a abertura de mais 37 lojas.

Segundo Gomes, a MMartan fatura o correspondente a R$ 400 milhões. "É uma rede com margem operacional [lajida sobre receita líquida] de 18% a 19%, muito boa para o negócio têxtil". A criação da Casa Moysés destacou, é apenas um primeiro passo para transformar a MMartan em uma grande cadeia de varejo.

"Vamos buscar outras bandeiras, em outras categorias de consumidor. Temos marcas, design, produção e capital", afirmou Gomes. Segundo ele, a integração indústria e varejo traz rentabilidade maior, além de outras vantagens às companhias têxteis.

Criada em 1930, a Casa Moysés tinha 12 lojas quando passou ao controle da MMartan, em 2003. Foram comprados os pontos de venda e a marca, que compunham a massa falida da antiga grife de cama, mesa e banho, que foi à falência. Mas a MMartan utilizou o nome apenas em uma linha de produtos. A marca chegou a ter uma rede expressiva de pontos de venda, inclusive com loja no Shopping Iguatemi, em São Paulo.

O retorno ao varejo, na opinião do consultor Eugênio Foganholo, tem tudo para ser bem sucedido. "Todo o varejo têxtil está partindo para a segmentação e o mercado de cama, mesa e banho não é diferente", diz o especialista. Hoje, segundo ele, o maior varejista dessa área é a Casas Pernambucanas, que vendem para um público de classe média. "Mas as classes de maior poder aquisitivo não estão atendidas, têm pouquíssimas opções", diz. Uma delas seria a Trousseau, que tem nove pontos de venda.

Mas tudo indica que a ambição da MMartan com a Casa Moysés é maior do que isso.

"O segmento de cama, mesa e banho sempre foi um apêndice, restrito a lojas de departamentos, e, por isso, muito pouco explorado, especialmente pelas grifes", afirma Foganholo. (Com Beth Koike, de São Paulo)

Fonte:economia.ig.com.br

Redes foram compradas pela Springs Global, do vice-presidente da República José Alencar, que quer crescer no varejo doméstico

A MMartan, maior varejista especializada no segmento de cama, mesa e banho no Brasil, vai lançar lojas com a bandeira da sua marca premium  Casa Moysés a partir de 2011. Segundo Josué Gomes da Silva, presidente  da Springs Global e filho do presidente da República José Alencar, que  detém cerca de 70% da marca, a iniciativa vem ao encontro dos vários  lançamentos de shopping centers no Brasil, que necessitam de lojas  exclusivas voltadas para classe.

Josúe Gomes da Silva, presidente da Springs Global e filho do vice-presidente da República José Alencar

A empresa prevê que há espaço para a inauguração de de 50 a 100 lojas no País nos próximos anos com a marca Casa Moysés.

O executivo reconhece que não é fácil criar uma loja de varejo exclusivo, principalmente porque não há economia de escala, ou seja, não é possível produção em massa para custos menores. Mas para o grupo, que detém parcerias e marcas americanas, como a Court of Versailles,  Springsmaid e Wansutta, ficará mais tranquilo oferecer itens com  exclusividade, “pois já dispomos desses produtos nos Estados Unidos”, afirma Silva.

As lojas Casa Moysés ainda não possuem endereços, mas certamente estarão instaladas em shoppings voltados para a classe alta brasileira,  como os shoppings Iguatemi, o Cidade Jardim, em São Paulo, ou o Village  Mall, no Rio de Janeiro.

Assim como a classe C, a classe A brasileira também vem ganhando terreno. Segundo pesquisas, nos últimos anos, mais de 300 mil famílias  entraram para o grupo dos abastados no Brasil, compostos por famílias  com rendas superiores a R$ 20 salários mínimos.

A MMartan conta atualmente com 121 lojas e planeja inaugurar no próximo ano cerca de 40 lojas. “A meta é chegarmos ao número de 250 lojas no País”, disse Silva. Segundo ele, as vendas  domésticas do grupo cresceram 22,5% no terceiro trimestre de 2010 na  comparação com o mesmo período de 2009. A participação de mercado da  MMartan aumentou também cerca de dez pontos percentuais nos últimos três anos.

A Springs Global, união da marca mineira Coteminas e da americana Springs, é dona também das marcas Artex e Santista no Brasil.

Vendas

A receita líquida da Springs Global caiu 3,4% no terceiro trimestre, totalizando R$ 580,1 milhões. O volume comercializado pela fabricante de artigos de mesa, cama e banho foi 10% menor em igual trimestre de 2009, mas o preço médio dos artigos vendidos pela companhia foi 7,2% maior.

Entre janeiro a setembro, as vendas líquidas totalizaram R$ 1,8 bilhão, o que representou uma queda de 4,2% sobre os nove primeiros  meses do ano passado. Em volume, as vendas foram 2,7% menores.

Segundo a empresa, o crescimento nas vendas no Brasil no segmento de "fashion bedding" (roupa de cama de maior valor agregado) não foi  suficiente para compensar a queda da demanda no mercado  norte-americano.



Fonte:valoronline.com.br




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