sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Novo padrão unifica tamanhos de roupas


Novo padrão unifica tamanhos de roupas

Adesão à medida favorece marcas e consumidores, reais ou virtuais



13/01/2011 - 14:50

Na hora de comprar uma roupa, a 1ª etapa é a escolha e a 2ª é a prova. É nesse momento que surge um problema enfrentado pela maioria dos brasileiros: dizer ao vendedor o tamanho que utiliza. Atualmente, isso depende de cada confecção. Entretanto, para resolver este dilema, as medidas estão começando a ser padronizadas. O procedimento já foi concluído no segmento infantil, está em andamento no masculino, e em breve abrangerá as roupas femininas também.



Na ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) há uma comissão na parte têxtil e de vestuário para este assunto, desde 1981. Essa equipe fez uma norma, em 1995, a respeito da padronização do vestuário brasileiro. De acordo com a superintendente do Comitê Brasileiro de Têxteis e do Vestuário da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT/CB-17), Maria Adelina Pereira, na época a norma foi muito importante, inclusive foi usada em licitações. Mas não foi renovada, por isso, está obsoleta. Para que haja uma classificação específica para os tamanhos das roupas, a ABNT está fazendo uma nova classificação, em que estão sendo definidas as medidas das roupas masculinas. A estimativa é que seja concluída nos primeiros 6 meses de 2011.



Primeiramente, está sendo feito um levantamento antopométrico para ver como está o corpo do brasileiro. O próximo passo é refinar os dados e levá-los à consulta popular para que possa virar norma. Com isso, na hora de comprar uma peça, o consumidor terá muito mais segurança. Estabelecer os padrões de medidas brasileiras não é tarefa fácil. O Brasil é um país onde há miscigenação em abundância. De acordo com Maria Adelina, esse fator já apareceu quando as medidas do vestuário infantil foram padronizadas. "A norma não pretende criar um padrão único de corpo. Com a padronização haverá uma gama maior de tamanhos. Dentro das classificações de tamanhos haverá subcategorias. Por exemplo, no vestuário masculino serão 3 opções de tamanhos com suas subcategorias: atlético, normal e especial", explica.



Mais chances de exportação







O objetivo da padronização é que sejam informadas as dimensões específicas do corpo. "Em vez de expressar apenas um tamanho, após a padronização, as novas etiquetas vão expressar qual a medida que o corpo veste", afirma Maria Adelina. A padronização tende a facilitar as exportações dos produtos têxteis brasileiros. "É um critério que está sendo introduzido no Brasil, mas que de novo não tem nada. Já é usado no mundo todo. Com isso, estamos mais próximos dos países desenvolvidos", ressalta o gerente de infraestrutura e capacitação tecnológica da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), Sylvio Napoli.



Adesão voluntária



É importante ressaltar que a padronização não é obrigatória. "É extremamente importante que fique claro que são normas brasileiras, mas nunca, em tempo algum, serão obrigatórias. São um trabalho de orientação e devem facilitar o trabalho do confeccionista. As etiquetas contendo os tamanhos são obrigatórias, mas aderir à padronização, não será," explicou Napoli.



Compras pela internet



Ainda de acordo com Napoli, a classificação unificada dos tamanhos de roupas deve aumentar as vendas do segmento do vestuário pela internet."A padronização das medidas das roupas facilitará muito as vendas pela internet," ressalta.



Quintess, que vende roupas femininas, já adecuou seu site ao novo modelo de negócio. Os tamanhos estão classificados de acordo com uma tabela de medidas inicilamente . Se a cliente não souber quais são suas medidas, o site disponibiliza uma fita métrica para ser impressa. Também mostra como medir cada parte do corpo.

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