domingo, 24 de julho de 2011

Homens têm mais estilo


A ascensão na carreira e, sobretudo, o apoio das mulheres estão a levar os homens a preocuparem-se mais com a moda e com a forma como se vestem. Uma tendência de consumo que ajuda marcas e retalhistas de luxo a chegar a novos consumidores e a aumentar as vendas de produtos “no masculino”.
 A necessidade de ter bom aspecto no trabalho e a pressão das mulheres estão a levar os homens a preocuparem-se mais com o seu estilo, dando às marcas de luxo um negócio extra que elas agradecem.
As marcas de gama alta, das department stores Saks Inc e Neiman Marcus aos joalheiros Theo Fennell Plc e Harry Winston Diamond Corp, estão a ver os homens a gastar cada vez mais neles próprios, segundo revelaram executivos de topo na Cimeira Mundial de Luxo e Moda da Reuters.
Parte disso é a necessidade dos homens parecerem elegantes à medida que sobem a escada empresarial, sobretudo agora que o mercado do trabalho está a ficar melhor. «Os consumidores mais jovens estão muito mais familiarizados com a moda e a qualidade do que os seus pais estavam», considera Karen Katz, a CEO do Neiman Marcus Group. «Os homens estão mesmo a pôr os seus guarda-fatos de novo em forma», acrescentou.
A Saks está mesmo a expandir a sua linha popular de vestuário para homem em private label para servir os seus caprichos. Mas na Saks Fifth Avenue, as mulheres ultrapassam os homens num rácio de quase três para um em vestuário e calçado e o director-executivo da Saks, Steve Sadove, não antecipa que o rácio mude muito. Ainda assim, considera Sadove, os homens estão a vestir-se melhor. «Estamos a ver um forte regresso ao vestuário por medida novamente», revelou.
Para muitos homens, a consciência da moda não é natural, e uma grande parte dessa consciência é proveniente das esposas, irmãs, mães e namoradas, que cuidam deles e os tranquilizam.
No entanto, o uso prático de uma peça de vestuário ou joalharia ultrapassa as considerações estéticas para os homens. «O consumidor masculino não é tão perspicaz como as mulheres», indicou o CEO da Coach Inc, Lew Frankfort. «Os homens procuram produtos bem feitos que sejam funcionais».
A Coach abriu uma loja dedicada aos homens em Greenwich Village, Nova Iorque, no ano passado, e a procura pelas suas carteiras em couro e malas mensageiro levaram-na a planear abrir mais duas lojas para homens, uma em New Jersey e outra em Boston, nos próximos meses.
A Harry Winston vende agora a maior parte dos seus relógios – muitos dos quais custam mais de 250 mil dólares – a homens, algo que o CEO da empresa, Frederic de Narp, considera ser «extraordinário».
O crescimento do consumo de luxo na China irá também aumentar a quota dos homens no luxo mundial devido ao facto dos homens chineses revelarem um consumo duas vezes superior ao dos homens noutro país, em grande parte devido à tradição de oferta de presentes. A China é, assim, o mercado em mais rápido crescimento e deverá eclipsar o Japão nos próximos anos.
No entanto, o luxo continua a ser um mundo das mulheres. «Os homens começaram a permitir-se fazer compras, mas as mulheres são ainda o cliente principal do luxo», confirmou Marc-Andre Kamel, consultor responsável de práticas de luxo na Europa, Médio Oriente e África para a empresa de consultoria Bain&Co. 
Fonte - Reuters - De: Portugal Textil

O que aprender com os erros da Mesbla

Incapacidade de adaptação às mudanças do varejo e descentralização administrativa contribuíram para o naufrágio da empresa



 A partir da década de 1960, o varejo brasileiro viu a expansão das lojas de departamento. Durante os anos seguintes, a Mesbla viveu seu período áureo. A dificuldade em compreender o novo momento do mercado, no entanto, foi um dos principais fatores que levaram a empresa à falência, em 1999. A exemplo do que aconteceu com a Mappin, que atuou durante 86 anos em São Paulo, a Mesbla viu o seu modelo de negócio ruir com o surgimento de um novo consumidor, que exigia um atendimento mais especializado, encontrado principalmente em lojas menores instaladas em shoppings.
O crescimento da loja de departamentos, com sede no Rio de Janeiro e que chegou a ter 180 pontos de venda espalhadas pelo país, trazia ares de primeiro mundo ao Brasil. Acostumado ao comércio de bairro, que oferecia pouca variedade e concentração de produtos, o consumidor se surpreendeu com a estrutura da Mesbla e suas unidades, que raramente tinham área de venda inferior a três mil metros quadrados.
O desenvolvimento dos shopping centers nos anos 1980 levou a Mesbla para os centros comerciais, com lojas âncoras, contribuindo para o crescimento do fluxo de clientes nos empreendimentos. Ironicamente, este movimento foi um dos fatores que derrubou a empresa. “Ao aderir aos shoppings centers como novo canal de venda, a Mesbla perdeu espaço para as lojas especializadas que ofereciam variedade de produtos aliados a um atendimento mais qualificado”, diz Marcelo Boschi, professor e especialista em Branding da ESPM-RJ, em entrevista ao Mundo do Marketing.


Crescimento da concorrência
O extenso sortimento de produtos comercializados, que incluía moda, brinquedos, máquinas, uma rede de crédito própria e investimentos no setor náutico e automobilístico, tornava o conhecimento dos colaboradores pouco específico. O próprio formato de operação das lojas de departamento também estimulava o autosserviço, característica incompatível com o comportamento dos consumidores.
Mas não foram apenas os shoppings que influenciaram as mudanças. O surgimento dos hipermercados, comercializando categorias como têxteis, bazar e equipamentos, também contribuiu para alterar a dinâmica geográfica do consumo. Enquanto os clientes tinham que se deslocar para os centros das cidades, locais onde a Mesbla instalou a maior parte de suas unidades, os shoppings e hipermercados trouxeram essa oferta de produtos para os bairros onde os consumidores residiam, desviando o fluxo para essas áreas.
Além de lidar com a concorrência dentro dos malls e hipermercados, a Mesbla ainda tinha que competir com as redes de varejo de eletromóveis e confecções, que começaram a se expandir na década de 1980, como Ponto Frio e Casas Bahia. A descentralização administrativa da empresa foi outro elemento que interferiu para agravar a situação. Nos anos 1990, a Mesbla contava com 40 diretores, o que tornava a implementação de qualquer medida muito lenta. “O varejo é um segmento que necessita de respostas muito rápidas. Cada dia é um desafio. No caso da Mesbla, o desacordo entre o modelo de gestão e as práticas do mercado foi responsável por contribuir negativamente para o rumo dos negócios”, explica Roberto Kanter, professor de MBA da FGV Management, em entrevista ao portal.


Tentativa frustrada
A situação econômica do Brasil também foi um dos elementos que colaborou para piorar o quadro da companhia. A forte inflação no fim dos anos 1980, que variava de 50% a 60% em um mês, abalou a relação, já fragilizada, entre a empresa e seus fornecedores. A solução administrada pelos dirigentes da companhia foi o fechamento de lojas e a demissão de funcionários. Dos 180 pontos de venda, restaram apenas 34 e nove mil funcionários perderam seus empregos, restando apenas seis mil.
Em 1997, Ricardo Mansur comprou a empresa com o intuito de unir as operações da Mesbla e da Mappin e fortalecer o modelo de negócio. Dois anos depois, em uma última tentativa de salvar a companhia, Mansur apelou para a mobilização dos colaboradores. Os funcionários foram incentivados a realizar uma passeata com o objetivo de pressionar o BNDES a ceder um empréstimpo de R$ 102 milhões, que seria usado como capital de giro.
Outra intenção era valorizar a Mesbla, para atrair a atenção de grupos estrangeiros. A rede de varejo norte-americana JC Penny demonstrou interesse, mas pensou duas vezes antes de comprar a empresa, que nas mãos de Mansur alcançou a dívida de R$ 1,1 bilhão. A decisão sobre o empréstimo teria que ser aprovada por seis bancos, que injetariam cada um R$ 17 milhões. Apenas o Bradesco e o GE Capial apoiaram a medida. O Banco Central, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e o próprio BNDES rejeitaram o projeto. Sem salvação, a empresa fechou as portas.


Retorno ao e-commerce
Mesmo com a falência da operação da Mesbla no Brasil, a marca parece ter mantido o prestígio entre os consumidores. Em uma tentativa de manter a Mesbla viva foi criado um e-commerce em 2009. A empresa Telemercantil comprou os direitos da marca, que ainda pertenciam à família Mansur, para vender maquiagens, roupas e acessórios para o público feminino.
O objetivo era rejuvenescer a marca, e mais tarde ampliar a oferta de produtos disponíveis, com operação apenas online. A tentativa fracassou, devido a desentendimentos entre as empresas que estavam construindo o site. Por outro lado, a Mesbla provou que ainda está forte na mente dos brasileiros, já que o portal teve sete milhões de usuários cadastrados como possíveis clientes.
“Não existe formato que seja bem sucedido por todo o tempo. Independente dos erros de gestão, o próprio modelo de loja de departamento full line, como eram a Mesbla e a Mappin, entrou em colapso. Salvo algumas poucas exceções, nos Estados Unidos e na Europa, este formato não agrega mais valor para o consumidor”, diz Eugênio Foganholo, Diretor da Mixxer, consultoria de bens de consumo, em entrevista ao Mundo do Marketing.

FONTE: http://www.mundodomarketing.com.br/1,19357,o-que-aprender-com-os-er...

domingo, 17 de julho de 2011

Formatura ADM dia 14-07-2011 Senai/Cetiqt

Parabéns pela sua formatura, em especial por ser o melhor de sua turma.

O prêmio oferecido pela ABIT e pela ABTT é uma viagem para participar do XXIV CNTT - www.abtt.org.br - em Fortaleza de 9 a 12/8 próximo.

O período de viagem é de 8 a 13/8, com a hospedagem correspondente.

Confirme sua presença para as devidas reservas.




Cordialmente



Reinaldo A. Rozzatti - Presidente

ABTT - Associação Brasileira de Técnicos Têxteis

IARS - Instituto Acácia de Responsabilidade Social

Tels. 11-3082.6755 e 9634.1609