terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Fábrica Joinvilense é Uma das Poucas no País a Fazer Roupas para Padres


Josiane Maioki é a responsável pela criação de peças exclusivas
mpresa abastece diocese do Distrito Federal e outros dez estados
Larissa Guerra | larissa.guerra@an.com.br

Vinte e duas mulheres atentas cuidam de peças trabalhadas, com bordados especiais, aplicações douradas e tecidos finos. Poderia ser uma malharia comum, mas nada na construção de dois andares é comum. Os santos enormes na recepção e as vestes penduradas em uma arara mostram que ali é um lugar de fé. De fé e de muito trabalho para fornecer peças para igrejas de todo o País.
Criada há doze anos pelo casal de empresários José Luciano Venske e Ângela Venske, a Gloriarte se tornou uma das poucas empresas no Brasil a fornecer vestes para padres, bispos e diáconos, além de fabricar toalhas, mantos e outras peças usadas nas celebrações da Igreja Católica. Entrar em um mercado pouco explorado e que demanda atenção para o desenvolvimento de peças exclusivas foi um desafio para a dupla, que hoje tem entre seus principais clientes a Arquidiocese de Brasília, no Distrito Federal, além de padres de outros dez estados.
— É um trabalho muito detalhista e que exige seriedade de quem está aqui conosco. Os padres são exigentes, prezam por produtos de primeira linha. O começo foi difícil, mas hoje em dia é comum até hospedarmos padres na nossa casa para que eles venham escolher as peças e conhecerem nossa linha de produção —, conta Ângela.
Para que o serviço seja personalizado, a designer Josiane Maioki é a responsável pela criação dos bordados e até das estampas que são aplicadas nos tecidos.
O tempo de produção de uma peça varia conforme as escolhas do cliente, já que em muitos casos os padres preferem encomendar as peças sob medida. Os preços, diz Ãngela, são condizentes também com o grau de personalização.
— É uma questão de negociar. Tem peça que pode custar R$ 1,7 mil se feita sozinha. Agora, se for uma encomenda de 400, 500 peças, o preço pode cair para R$ 700 —, explica.
Os bordados são feitos em máquinas, mas praticamente todo o trabalho é artesanal. No andar de cima da fábrica, as funcionárias dividem-se entre grandes mesas para o corte de tecidos e os acabamentos, enquanto outras ficam ao fundo trabalhando em máquinas de costura.E, para que o padre saia da fábrica com o pacote completo, a empresa decidiu também revender santos e peças usadas durante as missas, como cálices e sacrários.
O período de maior movimento começa logo após o Carnaval, mas neste ano os pedidos começaram a entrar mais cedo. Tanto que as mulheres nem pararam de trabalhar durante o feriadão.
Uma loja dentro de uma van
O fato de a Arquidiocese de Brasília ser a maior cliente da Gloriarte não surgiu por acaso. Enquanto Ângela gerencia a produção da fábrica, seu marido José Luciano é o responsável pelas vendas e pelo financeiro da empresa. Como conhecia alguns padres de lá, o empresário começou a atendê-los levando poucas peças e os atendendo direto nas residências. Os resultados da produção joinvilense foram tão grandes na capital federal que hoje José Luciano usa uma van como loja para atender a clientela.
A consagração do sucesso entre os padres brasilienses aconteceu em 2010, quanto a Gloriarte foi a fornecedora oficial das vestes usadas por clérigos durante a 16° do Congresso Eucarístico Nacional, realizado em Brasília. Na ocasião, a empresa chegou a fabricar 500 casulas – uma batina mais elaborada –, e 350 estolas especiais para a ocasião. Todos foram vendidos durante os três dias do evento.

Moda Praia Para Mulheres Mastectomizadas


Ser mulher é muito mais do que obter a aprovação dos outros. Ser mulher é, antes de tudo, sentir-se mulher, independente da opinião alheia. Estar bem consigo mesma depende, em primeiro lugar, do bem-estar interior, que é o que nos permite estarmos abertas e propícias ao bem-estar exterior.

O câncer de mama, que atinge 1.050.000 mulheres por ano no Brasil, de acordo com dados da ONU, é um dos maiores temores femininos.

Exibir o corpo publicamente após uma cirurgia de retirada da mama, então, é uma dificuldade tremenda. "Me senti muito mal, até porque via outras mulheres exibindo 'orgulhosamente' os seios e pensava: Será que elas sabem a sorte que têm? Fiquei um pouco deprimida", contou  a técnica de assuntos educacionais do Ministério da Saúde, que hoje é aposentada, Diana Cabral, de 62 anos, ao SRZD. Ela explicou que ir à praia antes era um prazer, mas depois "passou a ser uma tortura".
Moda praia para mulheres mastectomizadas: amor por uma causa

Foi pensando no drama que vivem essas mulheres que a publicitária e executiva de marketing Suely Guimarães resolveu fazer a diferença. Dona da grife de moda praia Tenda, ela resolveu criar uma linha exclusiva para mulheres mastectomizadas. 

Suely acompanhou diversos casos de câncer de mama na própria família, mas conta que o momento em que realmente decidiu criar as novas peças foi quando ela mesma teve uma suspeita de tumor. 

"A mulher mastectomizada fica muito fragilizada e nem todas podem fazer a reconstituição da mama. As linhas de moda praia que existiam até então não ofereciam modelos modernos e com recortes bonitos, que se adaptassem bem ao corpo dessas mulheres. Então eu resolvi montar uma linha que unisse funcionalidade à beleza. As peças tem corte europeu e os tamanhos são padronizados", explica. Além do mais, as cores não ficam à desejar e cada coleção segue os passos da moda do momento, com adaptações para que a funcionalidade e elegância estejam sempre unidas. Atualmente, o laranja e o açaí são tons que fazem sucesso nas peças. O pretinho básico também está sempre em alta.

Diana conta que, por conta da radioterapia (tratamento contra o câncer de mama), a pele fica muito sensível, e que por isso usar biquínis com tecidos levinhos faz toda a diferença.
Foto: Divulgação

A publicitária contou que foi difícil concretizar a ideia de criar a moda praia especial e foi desencorajada algumas vezes, visto que não era um negócio muito rentável. Ela, porém, diz que não considera a linha como um simples negócio, mas como um ideal, uma luta por uma causa. "A mulher mastectomizada precisa ser tratada como uma mulher normal".

A confecção dos biquínis e maiôs também deve ser realizada com cautela. Suely explicou que a elaboração das peças teve o aval de especialistas e está dentro de todas as regras impostas por profissionais de Mastologia. Todas as peças são aprovadas pela Dra. Maria Helena Rabay (ex-Presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia) e Dra. Martha de Marsillac (mastologista). 

Insatisfeita com a falta de outras linhas de roupas voltadas à mulheres mastectomizadas, Diana diz que há uma enorme dificuldade em encontrar sutiãs e blusas. "Essas peças existem no mercado, mas voltados mais para corrigir  a deficiência. O conforto e a qualidade das peças deixam muito a desejar".


segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

O Surgimento da Indústria no Brasil – Origem e História


Foi na República  Velha que se afirmou nossa primeira revolução industrial. O surgimento de fábricas brasileiras foi quase espontâneo, já que não havia muita ajuda do governo. Os políticos estavam ligados a latifundiários e dominados pela crença tradicionalista de que “o Brasil deve ser um país agrário. A indústria nada tem a ver com nossas tradições”.
No século XIX apareceram umas poucas fábricas, geralmente para produzir tecidos ordinários de algodão para vestir escravos. Em 1866 eram apenas nove, sendo que cinco delas ficavam na Bahia. A partir de 1885 é que começam a aparecer fábricas voltadas para um mercado interno mais amplo. No começo do século XX, algumas indústrias se instalaram no Rio Grande do Sul e em Minas Gerais, mas as principais estavam localizadas no Rio de Janeiro e em São Paulo.É claro que as fábricas não surgem do nada, como o brotar dos cogumelos após uma noite de chuva. Existem pré-requisitos: capital disponível para ser investida, mão-de-obra abundante e barata, mercado consumidor, chances de obter altos lucros. Vamos ver a existência desses fatores nos dois principais esta dos industriais. No Rio de Janeiro, o capital veio indiretamente do café. O Vale do Paraíba estava de cadente há muito tempo. Ninguém mais fazia no vas inversões (investi mentos) na cafeicultura.
Mas o passado cafeeiro e o fato de ser a capital do Brasil dotaram o Rio de Janeiro de banqueiros e grandes comerciantes. Foram eles que começaram a botar dinheiro nas fábricas, um bom negócio alternativo. Cidade grande, cheia de gente pobre disposta a trabalhar, porto ativo, bem servida por ferrovias, mercado consumidor, tudo isso favorecia.
Assim, em 1889, quase 60% do capital industrial do Brasil estava na cidade do Rio. São Paulo foi mais favorecido ainda. As primeiras fabriquetas apareceram por volta de 1870, mas a coisa esquentou mesmo a partir de 1890. De onde veio tanto capital para investir? Do café. E como ninguém tinha tanto café como São Paulo (graças à abundante terra roxa e à multidão de imigrantes que chegaram lá no momento exato), ninguém possuía tanto capital para investir. Eis aí a explicação básica para o extraordinário crescimento industrial paulista na República Velha e nos anos posteriores.
Quando as exportações de café paulista iam bem, os investimentos industriais se multiplicavam. Grande parte da mão-de-obra febril era formada por imigrantes estrangeiros. Muitos sabiam ler e escrever e até tinham conhecimentos técnicos. Por isso eram tão apreciados. Por volta de 1895, os estrangeiros eram 40% dos operários cariocas e 70% dos paulistanos. Alguns imigrantes conseguiram enriquecer, muitas vezes por que serviam de intermediários entre os importadores brasileiros e os exportadores de seu país. Chegavam com algumas economias, mantinham contato com sua terra natal, criavam um escritoriozinho de importação e, em poucos anos, tornaram-se milionários (foi o caso do famoso Matarazzo).
Outros fatores que ajudaram o desenvolvimento industrial do Sudeste foram a facilidade de obter energia (hidrelétricas e portos para importar carvão), matéria-prima disponível e barata (São Paulo, por exemplo, era o maior produtor de algodão, base para os tecidos) e um sistema de transportes (ferrovias) já desenvolvido por causa da agroexportação.
E a concorrência estrangeira não atrapalhou? Durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), essa concorrência diminuiu. Afinal, os países em guerra ocuparam toda a indústria na produção de armas. Acontecia que aqui não havia indústria de base de vulto (aço, máquinas pesadas, etc.).Tínhamos de importar as máquinas para as fábricas. Ora, a guerra fazia com que os países europeus quase não pudessem nos exportar essas máquinas. A alternativa era procurar os EUA.
A desvalorização cambial da moeda brasileira (beneficiando os exportadores de café) dificultava as importações. Os produtos estrangeiros ficavam bem mais caros. Menor concorrência, chance para a indústria nacional. Mas, de novo, havia ó efeito inverso: a importação de máquinas industriais tinha se tornado mais difícil.
Tudo indica que na verdade fomos beneficiados pelas mutações na indústria mundial. A Europa ocidental e os EUA estavam vivendo a Segunda Revolução Industrial. As exportações da velha indústria de tecidos e roupas já não davam tanto lucro como antes. Agora, as queridinhas dos capitalistas eram as indústrias de aço, máquinas, locomotivas, petróleo, produtos químicos. Eram essas coisas que eles queriam exportar para a América Latina.
Assim, foi nesse buraco aberto pela diminuição da concorrência estrangeira que surgiu o espaço para novas indústrias. Deixávamos de importar, para produzir aqui. Foi o que se chamou de substituição de importações.

A indústria brasileira era basicamente a de bens de consumo (tecidos, chapéus, alimentos, bebidas, vidros, móveis, sapa tos, cigarros, couros, etc.), porque exigia menor investimento de capital, o lucro era mais rápido, havia tecnologia disponível e o consumo era garantido. Isso representava uma fraqueza: ficávamos dependentes da importação de máquinas. Uma das raras exceções foi a instalação da siderúrgica Belgo-Mineira, em 1921 (estrangeira).

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Controle de estoque no mercado de peças para autos


O mercado brasileiro sempre se mostrou apaixonado pelo automóvel. Para ratificar o fato, basta ver quantos pilotos saem de nossa terra para fazer sucesso nas pistas do mundo.

Com o encontro da atração e dos atraídos, marcas e modelos se multiplicam. E com eles, os defeitos. Carro parado é prejuízo, aborrecimento e desconforto.

O transporte público, uma lástima. Caronas, não temos costume. Então, as oficinas que “botem pressa”!

Faturar é preciso, então, as oficinas “pressa botam”!

O nó da questão está nas voltas com as peças de reposição. A pergunta crucial seria onde obtê-las?
Não! Onde obtê-las já!

Estima-se que para atender a frota nacional, o leque é de mais de 60 mil itens de reposição. Carros novos, carros velhos, velhos novos e novos velhos. Itens específicos, itens genéricos, que atendem várias marcas e modelos, uma equação complexa para se trabalhar.

Na ponta, no conserto, outra questão: o tamanho da cidade e de sua frota, o porte da oficina, sua localização, sua especialização, sua clientela.

O que uma oficina deve manter em estoque, apenas produtos de alto giro?

A abrangência pode requerer estoque de 50 a 500 itens para emergências, isso em oficinas pequenas e médias, o que dizer de distribuidores e varejistas?

Nas grandes cidades podemos encontrar oficinas com mais de 5.000 itens no estoque. Não é só dinheiro parado, há o risco de perdas, mas também a geração de vantagens competitivas!

Peças se tornam obsoletas, tem prazo de validade, sofrem danos com armazenagens inadequadas, portanto conhecê-las e a sua aplicação é fundamental para minimização de perdas e potencialização dos lucros.

A mágica é encontrar os caminhos para o controle do estoque?  Não! Com os meios eletrônicos, se obtêm potencialização dos fluxos colocando a inteligência sistêmica a serviço do setor.

Os avanços na área da informática nos levaram à excelência no desenvolvimento de softwares. Já não falamos mais no melhor programa, mas no melhor uso.

Sistemas informatizados estão à disposição de todos. Do grande distribuidor à pequena oficina.

Uma curva ABC, classificando as peças por sua importância de acordo com o giro, não é mais um mistério, mas um recurso no programa.

A abrangência de aplicação de um item não precisa ficar restrita à expertise de um colaborador, está na sua identificação, no momento do cadastramento como item de estoque.  E a sua busca para utilização ocorre na pesquisa por aplicação.

O mercado começa a caminhar, somando as interações empresariais com as integrações sistêmicas. A agilidade para contato, identificação de necessidades e entrega, permite ao cliente varejista ou reparador usar o estoque do fornecedor.

A cadeia ganha em todos os aspectos, reduzindo as perdas financeiras e materiais.

O fornecedor integrado ao estoque do cliente, controlando estoques mínimos, pode informar necessidades e evitar as urgências desnecessárias, que tanta energia e horas produtoras de receitas consomem. Na reparação, tempo é dinheiro para a cadeia de autopeças, portanto a parceria é fundamental.

O mercado, nesse segmento, dá passos importantes para a profissionalização da gestão, que levará ao melhor controle dos estoques, não apenas com a programação das compras, mas com seu planejamento estratégico.

Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
Postigo Consultoria Comunicação e Gestão
Fones (11) 4526 1197 / (11) 9645 4652
Twitter: @ivanpostigo

Nossas maiores conquistas não estão relacionadas às empresas que ajudamos a superar barreiras e dificuldades, nem às pessoas que ensinamos diretamente, mas sim àquelas que aprendem conosco, sem saber disso, e que ensinamos, sem nos darmos conta.

Dicas de Vestidos para Usar na Praia


O verão está a todo vapor, e para desfrutar de todas as opções que a estação mais festiva do ano oferece, nada melhor que desfilar pelas ruas e calçadões, bem-vestida e elegante; e para isso não é necessário nem gastar uma pequena fortuna, nem muito esforço, basta apenas escolher ummodelo de vestido bem feminino e charmoso.
 

Dicas de Vestidos para Usar na Praia

O primeiro item que você deve levar em consideração no momento de escolher um vestido de praia, é o tecido com que ele foi confeccionado. As melhores opções são os tecidos menos nobres e mais frescos, como os tecidos com fibras naturais, de algodão ou malha fria.
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(Foto: maregeu.com.br)
E para usar um vestido na praia você não precisa escolher um modelo semitransparente, você pode optar por vestidos relativamente comuns, mas, com elementos condizentes com a praia, para assim, poder ir almoçar ou sair com as amigas, direto da areia. Mas, sempre opte por vestidos de cores claras ou coloridos e por vestidos estampados; não use vestidos sofisticados, com bordados de pedrarias, confeccionados em tecidos nobres ou vestidos pretos, por mais que seja um pretinho básico, pois, estes modelos de vestidos não são condizentes com o estilo descontraído da praia.
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(Foto: maregeu.com.br)
Em relação à modelagem e modelo do vestido, você pode optar pelo modelo que mais lhe agrada e que valoriza seu corpo. Normalmente os vestidos para usar na praia têm modelagem mais ampla, mas, nada impede que você use um modelo um pouco mais justo. Os decotes mais utilizados são o decote em ”V”, de um ombro só, decote canoa ou ombro a ombro, frente única e tomara que caia.
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(Foto: liquido.net.br)
E complete o visual fresco, conseguido com o vestido, com rasteirinhas, bolsas artesanais, chapéu de palha, óculos de sol e filtro solar, assim, além de estar bem-vestida e feminina, você preserva sua saúde.
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(Foto: maregeu.com.br)
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(Foto: liquido.net.br)
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(Foto: liquido.net.br)

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Nova Friburgo Comemora Cem Anos de Industrialização


Há cem anos, a fábrica de rendas Arp chegava à cidade. Hoje, 1.434 fábricas transformam setor no maior empregador local
 FUNCIONÁRIOS DA fábrica de tecidos Arp, a primeira a chegar em Nova Friburgo Foto: Divulgação/Firjan
FUNCIONÁRIOS DA fábrica de tecidos Arp, a primeira a chegar em Nova Friburgo Divulgação/Firjan
Foi numa longínqua manhã de junho de 1911, quando a cidade serrana de Nova Friburgo era colorida pelas plantações que abasteciam o Rio de Janeiro, então capital do país, que moradores locais ouviram, pela primeira vez, aquele barulho até então desconhecido. Era o apito da fábrica de rendas Arp que chamava seus empregados para a primeira de muitas jornadas de trabalho e, sem que ninguém previsse, marcava o nascimento de um dos mais importantes polos industriais brasileiros. Cem anos depois, com muito óleo para azeitar engrenagens de empresas de diversos ramos, os números da indústria de Nova Friburgo chamam a atenção: com 1.434 fábricas e 20.498 postos de trabalho, o setor detém 41% dos empregos do município, o segundo maior índice do estado do Rio de Janeiro.
INDUSTRIALIZAÇÃO COMEÇOU COM NOITE DE PROTESTOS
Os números impressionam: de cada quatro peças de lingerie compradas no Brasil, uma é produzida em Nova Friburgo. Com um total de 954 indústrias, o polo de moda íntima local é o maior do país e, junto com o setor metal mecânico (86 empresas), o que mais emprega na região.
E, se atualmente a tendência das grandes marcas é descentralizar e terceirizar a produção, o começo da industria têxtil na cidade foi concretizado em grandes armazéns e, alguns anos antes, marcado por uma noite com muitos lampiões quebrados.
Os historiadores João Raimundo e Ricardo Costa, que dão suporte ao Comitê Centenário da Indústria de Nova Friburgo, contam que o início fabril na região se deu com a inauguração da primeira hidrelétrica da cidade. Em 1911, o empresário alemão Julius Arp, que já morava na capital fluminense, conseguiu, com a ajuda de protestos da população local, a concessão da energia elétrica para abastecer a primeira indústria da região, sua fábrica de rendas Arp.
— Julius Arp foi patrono e estimulou a vinda de diversos outros empresários alemães para a região, como Maximilian Falck, da Ypu, em 1912; e Otto Siems, da Filó, em 1925 — diz Costa.
A ferrovia, chegada há apenas algumas décadas ao município, também impulsionou a migração de pessoas da classe média e facilitou a a entrada e a saída do que era produzido em Friburgo. Com isso, a cidade deixou de ser apenas um apêndice de Cantagalo, na época importante produtora de café.
Segundo Raimundo, em 1937, o empresário Hans Gaiser teve papel semelhante ao de Arp, ao instalar a primeira fábrica de metal mecânico de Nova Friburgo: a empresa de maçanetas Haga.
NOVO NORTE PARA O SETOR CENTENÁRIO
Para comemorar o centenário da industrialização em Nova Friburgo, que termina em junho deste ano, a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) organizou uma exposição no Shopping Cadima e uma série de eventos que discutem os rumos do setor.
— O principal objetivo das comemorações é marcar o centenário de forma compatível com a importância histórica da indústria na transformação econômica e social da cidade. A luz do passado é importante para iluminar os dias de hoje, quando procuramos delinear um novo futuro. É um trabalho da maior importância — diz Vicente Bastos, presidente da Firjan regional.
O coordenador do comitê organizado pela federação, Antônio Carlos Cordeiro, concorda. De acordo com ele, o futuro do setor está justamente em sua origem.
— Tivemos encontros recentes com membros do consulado da Alemanha, a quarta economia mundial. Temos que nos aproximar desse modelo e voltar a fabricar produtos premium — diz Cordeiro.
O coordenador aposta em empresas do setor metal mecânico e também defende incentivos fiscais maiores. Para ele, os valores de ICMS cobrados no município, que sofreu grande abalo por causa da tragédia climática no começo de 2011, tornam-se impraticáveis e transformam cidades vizinhas como Bom Jardim, que cobra apenas 2% do imposto, muito mais atraentes.

Made in China


Toda vez que um brasileiro em passagem pela Alemanha ou outro país da Europa vai às compras, ouço sempre a mesma coisa: “nossa, como as coisas aqui são baratas!”. Referem-se principalmente a lojas de roupas bacaninhas como H&M e Zara, ou de móveis como a imbatível suíça Ikea.
Sim, realmente é tudo muito, muito barato. Às vezes nem eu mesma acredito que comprei uma mesa por 5 Euros ou um pacote de 6 meias por 1 Euro. É quase inacreditável, ou, melhor dizendo, barato demais para ser verdade. Ou socialmente responsável.
O varejo baratal tem uma razão de ser: é tudo fabricado na China. Ué, mas isso é óbvio. É, mas para quem está chegando nem tanto. Outro dia fizeram um auê no Brasil porque a Zara mantinha funcionários em regime de semi-escravidão em São Paulo. Pensei: “mas na China são bem uns milhões de escravos a serviço de possibilitar esse precinho camarada para todo mundo”. Mas na Europa todo mundo faz a festa sem mais peso na consciência, né?
Enfim, além de nada que é muito barato ser fabricado na Alemanha (senão não seria barato), para conseguir vender por aqueles preços inacreditáveis, a produção passa por um processo muito duvidoso de barateamento da matéria prima, mais precisamente, adição de substâncias tóxicas para um melhor aproveitamento da mesma e uma produção mais rápida e alheia a qualquer padrão ambiental.
Cheguei nesse assunto porque essa semana vi um programa interessante no canal alemão ZDF. Um engenheiro especializado em consultoria ambiental vai à casa de uma família para identificar com quais objetos contaminados produzidos na China eles convivem diariamente.
O resultado foi assustador: desde o piso onde as crianças brincam até a roupa preta que eles vestem. Nada está livre das malignas substâncias.
A solução seria um movimento que trouxesse de volta a produção aos países onde a mercadoria é vendida. E é aí que entra o princípio Cradle to Cradle (C2C), tido como a “nova revolução industrial”: uma produção sustentável onde o produto final seja totalmente reciclável. Mas a ideia do químico alemão Michael Braungart ainda permanece no plano da utopia...
Vou confessar que há um tempo achava toda essa preocupação um exagero. Afinal, crescemos fortes e sadios (?) sem nossos pais terem desenvolvido esse tipo de nóia. O problema é que para suprir a demanda atual de consumo da população - que aumentou em 2 bilhões desde que eu nasci - os chineses têm que fazer “milagre”.
E fazem mesmo. Só fiquemos ligados. Agora fiquei super “grilada” com qualquer roupa preta que visto, pois é a cor mais difícil de tingir. Se você comprou uma blusa preta por 2,99 Euros pode ter duas certezas: 1) as tintas usadas são da pior qualidade; 2) sua blusa é tóxica.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Inmetro exige padronização das etiquetas de produtos têxteis


O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) exige que as empresas responsáveis pela etiquetagem de mercadorias têxteis no Brasil cumpram a padronização detalhada a seguir.

De acordo com o Capítulo II do Regulamento Técnico Mercosul sobre Etiquetagem de Produtos Têxteis, aprovado pela Resolução do Conmetro nº 2 de 2008, os produtos têxteis de procedência nacional ou estrangeira deverão apresentar, obrigatoriamente, na etiqueta as seguintes informações:

a) nome ou razão social ou marca registrada no órgão competente do país de consumo e identificação fiscal, do fabricante nacional ou do importador ou de quem apõe a sua marca exclusiva ou razão social, ou de quem possua licença de uso de uma marca, conforme o caso. a.1) Entende-se como “identificação fiscal” os registros tributários de pessoas jurídicas ou físicas, de acordo com as legislações vigentes dos Estados Partes.

b) país de origem. Não serão aceitas somente designações através de blocos econômicos, nem indicações por bandeiras de países.

c) nome das fibras têxteis ou filamentos têxteis e seu conteúdo expresso em percentagem em massa.

d) tratamento de cuidado para conservação de produto têxtil.

e) uma indicação de tamanho ou dimensão, conforme o caso.

Todas essas informações devem ser descritas em caracteres legíveis e visíveis, nunca inferiores a 2mm, em igual destaque e em caráter permanente e indelével e não poderá ser abreviada, exceto a razão social ou marca ou nome, tamanho, forma societária e siglas de identificação fiscal (ver item 20 da Resolução do Conmetro nº 2 de 2008).

Estilista Marcelo Sommer assina linha exclusiva para a Moda do Hipermercado Extra


 

O Extra inova mais uma vez e fecha parceria com o estilista Marcelo Sommer para assinar uma linha exclusiva da coleção outono/inverno da rede. A contratação do renomado estilista tem como objetivo vincular ainda mais o Extra como opção de compra para roupas, trazendo para os clientes peças alinhadas às últimas tendências de moda, com qualidade e preços acessíveis.
Para este lançamento, Marcelo assinará uma linha composta por 20 peças, com o estilo único do estilista, que começou sua carreira em 1995, com o lançamento da marca Sommer. O estilista já trabalhou no desenvolvimento de produtos e estilo da Fórum, Zoomp, M2000 e Calvin Klein. Além disso, já coordenou a equipe de estilo da Zapping e também foi editor de moda da revista Trip. O estilista Marcelo Sommer também participa do calendário fashion do país, como a São Paulo Fashion Week. A coleção com a linha exclusiva do estilista estará nas lojas do Extra a partir de 1º de março.
Além da coleção outono/inverno, o estilista assinará uma linha exclusiva para a coleção de namorados, primavera/verão e alto verão, que vão para as mais de 130 lojas Extra Hiper do país. Ao todo, serão 80 peças exclusivas assinadas pelo estilista, durante o ano de 2012.
O Extra, que há quatro anos iniciou o processo de mudança e melhoria na seção têxtil (moda), oferece em suas lojas, um amplo sortimento que inclui moda feminina, masculina, infantil, roupas para prática de esporte e também Moda Casa.
“Queremos oferecer uma ampla solução de compras e aproveitar o fluxo de clientes que freqüentam as nossas lojas para apresentar também nosso diferencial do setor de têxtil. Temos uma moda democrática, acessível e com opções para toda a família, que é o publico da marca”, explica Sidnei Abreu, diretor comercial do têxtil, no Grupo Pão de Açúcar. “Com a coleção Outono Inverno 2012, o consumidor vai ter uma clara percepção de que é possível andar na moda sem ter que pagar mais por isso”, completa.

Extra – “Por Uma Vida Mais Família”
Recentemente o Extra lançou a campanha institucional “Por Uma Vida Mais Família” em que resignifica o propósito das suas ofertas, promoções e de todo sortimento de produtos, convidando seus clientes a transformarem tudo isso em momentos prazerosos com suas famílias. Com investimentos de R$ 10 milhões, a campanha que comunica o novo posicionamento da marca tem como estrelas famílias de verdade e que são clientes dos diversos formatos da marca. Cerca de 90 pessoas, de 20 famílias bem brasileiras, estampam bons momentos em família em toda a comunicação.

FONTE: Grupo Pão de Açúcar – Relacionamento com Imprensa